Psicologia Humanista
(Anais de Psicologia)
À psicologia Humanista estão associados os nomes de Abraham Maslow (1908-1970) e Carl Rogers (1902-1987). Estes autores foram os dois grandes responsáveis pelo lançamento das bases da psicologia humanista. Esta visava ser uma alternativa à psicanálise Freudiana e ao behaviorismo, Schultz & Schultz (2005). A psicologia humanista sublinhava a experiência consciente, (contraposta à inevitabilidade do inconsciente freudiano), e a humanização do ser, com potencial em si (face à concepção estímulo-resposta proposta pelos behavioristas).
Nesta perspectiva, o comportamento do homem não reflecte, apenas, a exposição ao exterior, pelo que não se pode entender (como faziam os behavioristas) o homem como resultado automático dos estímulos que recebe. Pensar (como o faziam os behavioristas), o ser humano cingindo-se apenas ao seu comportamento observável, é uma ideia diminuidora do mesmo.
Relativamente à psicanálise, a psicologia humanista realçava um papel bem mais determinante e construtivo ao do insconsciente, Sprinthall & Sprinthal (1993). A corrente psicanalítica, por se cingir ao estudo da disfunção mental, perdia, nesta perspectiva, a oportunidade de conhecer a natureza das qualidades positivas do homem e das virtudes e forças exclusivamente humanas, Schultz & Schultz (2005).
A psicologia humanista surge assim, em função das ‘visões do ser humano’ estabelecidas, na medida em que se move a partir das limitações que encontra nestas mesmas visões. São as limitações encontradas tanto na perspectiva psicanalítica, como no behaviorismo que impulsionam esta perspectiva como alternativa, porventura mais justa e concretizadora da real natureza humana. Subjacente a esta corrente, estão pressupostos optimistas do ser humano que valorizam o sentimento em detrimento da razão e que concebem o ser humano como o próprio centro da sua existência. É no ser humano que tudo se concretiza e que tudo faz sentido.
Para uma análise mais profunda:
Rogers, C. (1961). Tornar-se Pessoa. Lisboa: Moraes Editores.
Schultz, D. & Schultz S. (2005). História da Psicologia Moderna.. São Paulo: Thomson.
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