Leitura Significativa
(SMITH; Frank)
Ler é algo sublime, mágico e ato de humanidade recompensador tanto para o aluno quanto para o professor.
Para Smith, a memória de curto prazo é algo que prestamos atenção por um determinado tempo; são retidas apenas algumas poucas informações por vez. Já a memória a longo prazo é o conhecimento que temos de mundo, a entrada de informações que ocorre de forma lenta, interferindo muitas vezes na compreensão.
A identificação das letras, a identificação das palavras e a compreensão do significado são conseqüências independentes de se perguntar diferentes tipos de questões do texto. A necessidade de compreensão não precisa da identificação de palavras, que, por sua vez, não precisa da identificação das letras.
A junção da nossa compreensão e a teoria do mundo que temos para encontrar sentido em nossa experiência, quando testada, resulta na aprendizagem. A aprendizagem depende da previsão e da compreensão.
Na leitura existem diferentes textos e finalidades, um aspecto para saber se há compreensão no processo da leitura são as perguntas feitas a respeito próprio texto.
A habilidade de responder é adquirida com tempo e conhecimento não tem como ensinar explicitamente.
Para que as crianças aprendam a ler, elas devem ver formas de empregar a leitura para ampliar seus objetivos e interesses.
E necessário que se leia para as crianças até que elas possam ler sozinhas. As historias contadas, os rótulos, as placas são importantes porque fazem sentido para as crianças, pois cercam o seu ambiente.
A fundamentação da compreensão é a teoria do mundo que constrói-se e que se carrega permanentemente.
Essa teoria é modificada constantemente nas interações com o mundo em volta. A possibilidade de encontrar sentido nos acontecimentos e na linguagem acorre através da situação em que se vive e na relação com a teoria do mundo.
Para Smith, o passo mais importante para aprendizagem é a vontade, o interesse. Nada pode ser mais interessante que a própria vida, a família, os amigos o ambiente que se vive. Os educadores devem ter mais cautela na formação dos educandos, pois, o que é importante para o professor, pode não ser para o aluno. A forma mais adequada de fazer uso do cotidiano sem dispensar os conteúdos previstos na Matriz Curricular, é explicar cada conteúdo com exemplos da vida do aluno, porque o professor conhece cada um isoladamente.
Conforme Smith, aprender a ler não envolve nenhuma habilidade especial de aprendizagem. As crianças são aprendizes altamente habilitadas e experientes. O tipo de instrução usada é que pode deixa-las confusas.
A linguagem escrita deve ter sentido e utilidade para as crianças que estão lutando para aprender a ler.
É necessário algum tempo para que o cérebro entenda e decifre o que esta diante dos olhos. O processo de leitura depende muito mais daquilo que está por traz dos nossos olhos “a informação não visual” do que da “informação visual”. Quando confiamos demais no que vemos podemos sobrecarregar o nosso cérebro causando assim a visão túnel, quando apenas algumas poucas letras são vistas de cada vez ao invés de frases inteiras. A visão túnel tem mais possibilidade de acontecer quando o que está sendo lido não faz sentido para o leitor ou quando ele se encontra ansioso com medo de cometer errar. A leitura tem que ocorrer de forma prazerosa nem a velocidade nem a fixação tornará a leitura mais eficiente ou sua aprendizagem mais fácil.
A informação não visual é muito importante na leitura, pois os leitores dão significado ao que lêem empregando o seu conhecimento prévio do assunto e da linguagem do texto, não se limitando ao significado da estrutura de superfície da linguagem, nos sons da fala ou nas marcas visíveis da escrita.
A fundamentação da compreensão é a teoria do mundo que nos todos construímos e carregamos conosco permanentemente. Essa teoria é modificada constantemente em nossas interações com o mundo. Nossa possibilidade de encontrar sentido nos acontecimentos e na linguagem acorre através da situação que vivemos e nossa relação com a teoria do mundo.
Ler é um processo natural, que com o uso freqüente a criança passa a confiar mais naquilo que já se sabe, e deixa de ver apenas o que está expresso na pagina à frente.
A educação precisa de mudança urgentemente e precisa-se que os futuros educadores proporcionem essa mudança, agindo de maneira criativa, profissional e humanitária para transformar o mundo em uma nação justa e orgulhosa de si mesmo.
Revisão de Literatura:
SMITH, Frank. Leitura Significativa. Trad. Beatriz Afonso Neves. 3ª Ed. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1999.
Resumos Relacionados
- O Professor E As Concepções De Linguagem No Ensino De Leitura
- Paulo Freire Para Educadores
- Leitura, Escrita E Dislexia : Uma Análise Cognitiva
- Leitura, Escrita E Dislexia : Uma Análise Cognitiva
- Considerações Gerais Sobre A Aprendizagem E O Ensino Da Linguagem Oral E Escrita
|
|