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Medo Infantil
(Enciclopédia de Educação)

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À medida que a criança experimenta o mundo, experimenta também as emoções que este lhe proporciona. Estas emoções dão sabor às experiências da criança, permitindo-lhe entender melhor o que esperar de determinadas situações ou experiências. Uma das emoções experimentadas pela criança é o medo. Este é entendido como natural no processo de crescimento da criança, Almeida et al (2002). Sendo uma emoção, o medo é importante, na medida em que constitui uma resposta da criança a determinada circunstância, funcionando como um travão para possíveis situações de perigo, Sá (2002). É, assim, um indicador que permite à criança responder de determinada forma em determinada situação. A bibliografia recente é quase unânime em atribuir ao medo uma componente contextual. Ou seja, é reforçado, oprimido, socialmente representado e culturalmente modificado, Bowlby, 1978; Ollendick et al, 1996, cit por Lahikainen, 2006. Entende-se assim que a emoção medo, sendo mediadora da acção criança/meio é construída a partir de factores não só internos como externos relativos à sua circunstância e ao seu meio, Roazzi e tal (2001).
Importa, considerando o referido, sublinhar o facto de o medo não ser necessariamente mau. É apenas uma emoção que permite à criança situar-se emotivamente mediante variadas experiências. No entanto, ocorrendo em excesso, o medo pode transformar-se num obstáculo ao desenvolvimento da criança Craske (1997), Cit por Lahikainen et al (2006). Esta opinião é partilhada por Almeida et al (2002) que refere que os medos são excessivos quando:
a) assumem um carácter intenso e invasor;
b) interferem com o funcionamento social e psicológico da criança;
c) estão associados a uma ansiedade crónica;
d) não são específicos de determinada idade.

Para uma análise aprofundada:
Almeida, P. Dias, G. & Rato, M. (2002). Por favor, não mexam nos meus medos. Saúde Infantil, Nº. 24/3: 15-22.
Hohmann, M. & Weikart, P. (1997). Educar a Criança. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Hohmann, M. Banet, B. & Weikart, P. (1992). A Criança em Acção. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Roazzi, A. Federecci, F. & Wilson, M., (2001). A estrutura primitiva da representação social do medo. Psicologia: Reflexão e crítica. Vol. 14: 57- 72.
Deverensky, J. & Coleman, E. (1989). Gifted children’s fears. National Association for Gifted Children. Vol. 33: 65-68
Lahikainen, A. Kraav, I. Kirmanen, T. & Taimalu, M. (2006). Child-parent agreement in the assessment of young children’s fear: a comparative perspective. Journal of Cross Cultural Psychology. Vol. 37: 100-119.



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