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De que têm medo as crianças sobredotadas?
(E.; Deverensky; J. & Coleman)

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Uma das áreas de maior interesse de estudo relacionado com as ciências sociais e concretamente a psicologia infantil diz respeito aos medos infantis: De que têm medo as crianças? Como reagem as crianças aos seus medos. Será que os medos são maus para a infância?

De uma forma geral temo-nos apercebido que os medos desempenham um papel muito importante no desenvolvimento das crianças, desde que não sejam desadaptativos. Ou seja, os medos são importantes desde que as crianças adquiram formas funcionais de lidar com eles. Sempre que um medo seja vivido de forma violenta para a criança e sempre que constitua um impedimento ao seu bem-estar e crescimento, torna-se necessário realizar algum trabalho específico por forma a normalizar estes aspectos.

No caso do artigo aqui focado os autores centraram a sua atenção na forma como as crianças sobredotadas vivem com os seus medos:

Os autores propuseram-se analisar os medos de 70 crianças sobredotadas com oito a treze anos de idade. Os resultados são interessantes na medida em que os quatro itens mais mencionados pelas crianças foram:
a) Guerra nuclear (58,6%);
b) Violência (55,7%);
c) Desaprovação social (47,1%);
d) Morte ou doença (40%).
Segundo os autores estes resultados reflectem que as crianças envolvidas no estudo manifestam uma elevada consciência cognitiva e social dos problemas da sociedade. Apesar de este estudo não ser recente, não deixa de ser interessante verificar que os resultados sugerem que crianças consideradas sobredotadas manifestam medos equivalentes ao seu estado cognitivo. Sai assim reforçada a perspectiva de que os medos evoluem consoante a idade de um sujeito, mas também a perspectiva de que as concepções relativas ao medo são construídas numa relação entre o sujeito e o meio que o rodeia.

Para saber mais sobre os medos na infância siga o link abaixo

Para uma análise aprofundada:
Deverensky, J. & Coleman, E. (1989). Gifted children’s fears. National Association for Gifted Children. Vol. 33: 65-68



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