Resumo de Alienígena! Eu? -

Alienígena! Eu?
Como muitos, acredito, sinto-me um alienígena. Simplesmente pelo fato de perceber a humanidade caminhando para a autodestruição.Elegendo pessoas emocionalmente desequilibradas para comandarem as grandes potências mundiais. Homens de guerra sempre no poder. Homens capazes de ordenar que bombas sejam despejadas em grandes cidades sem se importarem com a matança de crianças, idosos, enfim, humanos, na maioria indefesos. Sem deixar de mencionar as atrocidades cometidas contra os animais em nome da ciência, dos espetáculos, dos esportes, ou do simples prazer de matar. Da destruição das florestas, dos rios, da poluição do ar, apenas em nome do lucro fácil. Dói muito saber que os grandes líderes mundiais são capazes de condenar milhões de pessoas diariamente à miséria absoluta. Pessoas que não têm o que comer ou onde morar, vivendo como primatas com séculos de atraso, enquanto investem quantias astronômicas em armas de destruição em massa. Esquecem-se de que daqui a cem anos nenhum de nós estará mais aqui. Que poder é este que pensam que têm? São apenas meros mortais dos quais não restará dos seus corpos sequer uma pequena parte que não terá sido devorada pelos vermes.
Por que não tornam a nossa existência menos difícil aqui na terra enquanto podem?
Os seus interesses são fúteis. Valorizam de maneira absurda, jogadores de futebol e outros atletas, como se os mesmos fossem verdadeiros deuses, fundamentais para o aperfeiçoamento da raça humana. Ensinam as crianças, desde a mais tenra idade a adorarem esses ídolos fabricados, cujo comportamento consiste, na maioria dos casos, em despender suas riquezas em vícios, prostituição e ostentação. Qualquer criança conhece a escalação do seu time de futebol e aprende a odiar a torcida adversária, gerando por vezes tragédias em verdadeiras guerras provocadas pelo fanatismo. Por outro lado, o próprio pai desconhece a escalação dos times que compõem as câmaras municipais, assembléias legislativas e Congresso Nacional. Times dos quais dependem os destinos de todos nós. Enquanto temos cientistas, estudiosos, pessoas de mentes verdadeiramente brilhantes, capazes de contribuir efetivamente para o melhoramento da espécie, que são condenados à indiferença, não tendo sequer recursos para darem continuidade aos seus projetos, que não raro, poderiam erradicar doenças, transformar o planeta num lugar melhor para se viver, sem agressão ao meio ambiente e tantas desigualdades sociais.
Quando essas pessoas de inteligência e energia transformadoras se destacam de alguma forma, são imediatamente impedidas pelos respectivos setores comprometidos com o lucro fácil, que não permitem avanços que possam vir a comprometer sua renda, atravancando, desta maneira o desenvolvimento e melhor aproveitamento de recursos em todas as áreas. Somente a futilidade tem espaço e recursos ilimitados, o que impede que a ciência e a tecnologia tenham melhor aproveitamento, pois se encontram engatinhando no tocante às suas possibilidades.
Fazem grande alarde e preparam mega shows para exibirem espetáculos em que grupos de atletas, jogadores e artistas acreditam estarem representando seus países, quando na verdade, estão apenas contribuindo para que os concentradores de renda obtenham êxito em mais um grande empreendimento e consigam mais uma vez ludibriar a opinião pública mundial que se tornou marionete da mídia, que é o mais poderoso instrumento de alienação que já existiu. Agimos como zumbis, ou seja, mortos vivos!
A mídia nos prepara, a serviço dos poderosos, grandes banquetes, pelos quais acabamos pagando o que não temos, pois o tempo de nossas vidas que vendemos, com trabalho, é tão mal remunerado que sequer conseguimos pagar pelo que nos propõem diariamente através de apelos frenéticos, insanos, ditando-nos o que devemos comemorar, vestir, pensar, fazer ou sentir.Tentando, assim, através deste assédio imoral nos tirar o que nunca nos ajudou a conquistar.

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