Como Alexander Bell Inventou o Telefone
(Dr. Adérito Tavares)
“Mr. Watson, preciso de falar consigo!” Era o dia 10 de Março de 1876, e quem falava era Alexander Graham Bell, jovem inventor canadiano nascido na Escócia. Na outra extremidade da linha, noutra sala, estava o seu assistente, Thomas Watson, que ouviu as primeiras palavras inteligíveis transmitidas por telefone.
Desde 1872, Bell, professor de Fisiologia Vocal na Universidade de Boston, tentava desenvolver em telégrafo de mensagens múltiplas, usando um fio único e pares de palhetas metálicas vibratórias sintonizadas, isto é, com a mesma frequência própria da vibração. Quando Bell ligava o circuito, a palheta junto de si entrava em vibração, e o sinal eléctrico enviado ao longo do cabo fazia vibrar a palheta no receptor.
Bell queria que vários pares de palhetas, cada um dos quais afinado num tom diferente, fossem capazes de transmitir mensagens simultâneas através de um fio, mas não resultou.
Durante um teste, em Junho de 1875, Watson reparou que uma “palheta receptora” não ressoava. Quando puxou pela palheta para a soltar, Bell ouviu noutra sala, a sua correspondente “palheta emissora” a emitir um sinal idêntico, apesar de não haver ligação eléctrica.
A palheta que Watson soltara tinha produzido e enviado um minúsculo fluxo de corrente através do fio. No principio de 1876, Bell e Watson tinham desenvolvido um emissor com um diafragma sensível ao som que captava a voz humana e enviava uma corrente por ela modulada.
Quando a corrente atingia um diafragma idêntico, situado na outra extremidade, o processo invertia-se, a corrente fazia o diafragma vibrar, reproduzindo o som original.
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