Resumo de Substâncias Opiáceas - Droga

As substâncias opiáceas podem classificar-se como naturais, semi-sintéticas e sintéticas e de acordo com o tipo de interacção com os receptores opióides (µ, ? e ?).Os opiáceos têm efeitos clínicos sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) e o tracto gastro-intestinal.De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria os principais padrões de consumo de substâncias problemáticos são o abuso e a dependência. O abuso representa a toma com fins distintos dos desejados, podendo o uso tornar-se paulatinamente mais frequente e sério. A dependência caracteriza-se por condutas compulsivas dirigidas ao consumo e pode ser caracterizada pela tolerância e pela Síndrome de Absitinência Opiáceas (SAO). Os consumos dão lugar a alterações psico-sociais significativas. HEROÍNADos efeitos desta droga destacam-se calor corporal, sensações de prazer, letargia e relaxamento. À dependência associam-se transtornos psiquiátricos (depressivos e anseógenos), reacção fatal aguda, complicações somáticas, e infecciosas como HIV. A desintoxicação e o tratamento farmacológico do SAO pode realizar-se por antagonista de vida mais larga ou agonista alfa-2-adrenérgico, combinação de metadona e clonidina, fármacos inibidores da encefalinasa, ou pautas de desintoxicação rápida e ultra-rápida.Tal como a desintoxicação, a prevenção da recaída é fundamental para o tratamento; as estratégias passam pela utilização de agonistas ou antagonistas que bloqueiam os receptores opióides e o efeito reforçador dos agonistas. COCAÍNAA cocaína tem efeitos sobre a neuro-transmissão do SNC (sistemas dopaminergico, serotoninergico e noradrenergico); a sua acção difere consoante o consumo seja agudo ou crónico. O consumo desta droga pode trazer complicações psiquiátricas neuróticas e psicóticas, bem como complicações físicas: problemas pulmonares e infecções (hepatites e HIV). O SA é caracterizado por negativismo, fadiga, entre outros.O tratamento faz-se fundamentalmente por modificação da resposta da cocaína no SNC. DROGAS DE SÍNTESESão drogas sintetizadas com fins recreativos e não terapêuticos, com efeitos similares aos das drogas existentes, mas diferentes na sua estrutura química. Os maiores grupos de drogas de síntese são os análogos do fetanil, da petidina e da anfetamina. Os derivados da anfetamina têm efeitos que oscilam entre os estimulantes e os alucinogénos. Dentro dos derivados da anfetamina encontramos o extasi, cuja acção aumenta a transmissão serotoninérgica e estimula a libertação da dopamina. As complicações psiquiátricas do o uso desta droga podem ser agudas (crises de pânico), sub-agudas (depressão) ou crónicas (alterações de memória). As complicações não psiquiátricas são o golpe de calor, problemas cardio-vasculares e hepatites tóxicas. CANNABISAs principais substâncias que dela provêm são o hachís, a marihuana e o tetrahidrocannabidol. O efeito de cada uma delas depende da quantidade de delta-9-THC que contêm. Entre os efeitos destas substâncias estão a sensação de bem-estar, sonolência e sintomas de despersonalização. Relativamente às complicações psiquiátricas, não está comprovado que o consumo crónico de cannabis produza alterações permanentes no SNC, mas são frequentes alterações como a ansiedade e a confusão. As complicações físicas produzem-se sobretudo a nível respiratório. BENZODIACEPINASSão os medicamentos mais prescritos para o tratamento da ansiedade, insónia, SA alcoólica, controlo de estados epilépticos e como sedativos pré-operatórios. Exercem efeitos biológicos através da união a uma sub-unidade do receptor GABA (receptor benzodiazepínico). Os pacientes que desenvolvem dependência física e SA destas substâncias são os poli-toxicómanos, os alcoólicos e pacientes que abusam das benzodiacepinas prescritas para o tratamento da ansiedade crónica ou da insónia, ou os pacientes depressivos ou com transtorno de pânico que seguem o tratamento com doses altas durante períodos prolongados. O tratamento é realizado por desintoxicação e tratamento psicológico através de técnicas de redução da ansiedade e de prevenção da recaída.

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