Alucinógenos
(Jordi Morell; Magí Albaladejo)
As substâncias alucinógenas, encontradas em plantas, fungos, animais ou produto da síntese orgânica, provocam distorções visuais que podem chegar a alucinações (efeitos psicadélicos); não provocam dependência, mas o seu uso está muitas vezes associado ao consumo de outras drogas que fomentam a dependência.Há substâncias alucinógenas que são conhecidas desde a antiguidade e que têm importância sociológica, histórica e cultural.Estas substâncias classificam-se segundo a relação entre a sua estrutura química e a dos neurotransmissores cerebrais: substâncias relacionadas estruturalmente com as catecolaminas - mescalina e derivados anfetamínicos - ou substâncias relacionadas estruturalmente com a seretonina (5 – hidroxitriptamina) - derivados indólicos ou da triptamina; beta-carbonilas ou alcalóides da harmala; substâncias relacionadas com o ergot, derivados naturais ou sintéticos, onde está incluído o LSD, aluginógeno de referência em farmacologia, o mais potente e o mais estudado.Nenhuma das classificações propostas permite compreender o mecanismo de acção dos alucinógenos. Apenas se pode afirmar que estes mimetizam os efeitos da seretonina em determinadas regiões do SNC. O SLD é fruto de semi-síntese ou de síntese química completa e foi desenvolvido com finalidades psicoterapêuticas (especialmente para psicoses), mas com fraco sucesso. A utilização para fins recreativos expandiu-se nos anos 60 e 70.Nos efeitos do LSD encontramos alterações na percepção, alterações no umbral emocional perante estímulos externos e alterações de pensamento.As crises de despersonalização, nas quais os consumidores podem experimentar transtornos agudos de ansiedade, caracterizam os efeitos psíquicos desta substância. As alterações dependem do estado emocional do sujeito e do meio envolvente à experiência (luz, som, relação com os outros consumidores).Alguns dos efeitos somáticos são taquicardias, inibição das secreções e midríase.O seu consumo pode levar a problemas psiquiátricos como reacções de pânico, psicoses e transtornos da senso-percepção. As reacções podem ser agudas, sub-agudas ou crónicas.
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