Bonito
(Informe Publicitário - Revista Terra)
Dona da maior visibilidade de água doce do mundo, a região de Bonito, no Mato Grosso do Sul, tornou-se um dos destinos mais disputados do Brasil por quem pretende unir natureza e esporte. Sua reputação deve-se, em grande parte, aos aquários naturais formados por rios de águas cristalinas, onde turistas nadam junto com enormes cardumes de peixes coloridos, utilizando apenas uma máscara e uma roupa de neoprene.
Mas é também aqui que se pratica uma dos esportes mais desafiadores já conhecidos: o mergulho em caverna. Como uma malha subterrânea, centenas de lençóis freáticos cruzam as entranhas de Bonito e surgem na superfície na forma de grutas calcárias de diversos tipos e tamanhos. E, através delas, os seres humanos ingressam nas passagens por baixo da terra.
A mais famosa é o abismo Anhumas, um buraco no meio do chão que afunda 70 metros para dentro do solo, em forma de funil invertido, com uma base grande e alargada. Quem deseja conhecer suas profundezas tem, de primeiro, descer todo o abismo com a ajuda de uma corda e, depois, pegar o equipamento de mergulho e nadas entre as rochas.
A bióloga Nicolleta Moracchiali passa boa parte de seu tempo nessa atividade, vagando por imensos salões, como os de um castelo, mas a uma profundidade de até 65 metros. Ela estuda um tipo raro de camarão que, fora daqui, só existe na África do sul e na Austrália. “As formações das pedras são impressionantes. Às vezes, tudo não passa de um corredor estreito e completamente escuro, mas depois se abre para uma floresta de estalactites banhada pela luz azul que vem da superfície”, descreve a bióloga.
Devido à fragilidade do ecossistema, muitas das grutas que Nicolleta visita são exclusividade de pesquisadores. No entanto, os amantes do mergulho têm seu espaço na região e podem optar tanto por cavernas bem fáceis como por grutas mais radicais. Ricardo Meurer trabalha guiando visitantes pelos canais subterrâneos de Bonito há oito anos e acredita que, apesar das dificuldades, a atividade é plenamente segura. “Lógico que temos que tomar algumas precauções, pois, ao contrário do que acontece no mar, tentar nadar para cima nem sempre resolve”, explica.
Quem pratica esse esporte admite que o mergulho em caverna exige uma técnica mais apurada, mas ressalta que o esforço compensa. “Os limites estão ali, nas paredes. Há mais emoção e a aventura é maior. Basta um mergulho em Bonito para entender o que isso significa”, completa Meurer.
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