Quem QUER, VAI! QUEM NÃO QUER, MANDA! - contos e fábulas
(ESOPO)
Esta irreverência está bem à moda de Esopo, mas ainda não vi a fábula original. Nossos políticos são assim e os Reis do tempo de Esopo eram iguais: formação Feudal escravocrata, imbuidos da convicção de que mandam! Esopo coloca o Sapo dizendo: Eu mando! Eu tenho! Eu aproveito! E no fim faz saber que o certo é dizer: Eu conheço! Eu sou! Eu faço! Mas, esta fábula faz pensar em algo mais. Vejamos: Era uma vez um Sapo, um Boi e um Mosquito. Não é aquela estória do sapo que incha e explode, não! Era aquele outro, fanfarrão, que se orgulha de devorar os insetos e fica contando: Guulp! Gulp! Eu devoro! Mais um! Um dia um Mosquito passou perto da veloz língua caçadora do batráquio e saíu gritando: Por que você não vai pegar aquele Boi que está bebendo água da sua Lagoa? O Sapo desafiado em seu poder sobre a lagoa, responde que ia lá pegar o Boi a unha! Os insetos vieram zunindo para ver a batalha. E lá foi o valentão ao encontro do bovino invasor. Depois de um pequeno silêncio, soou um novo grito de guulp! gulp! seguido de um grito meio choroso: "Tá na unha! Tá na unha!" Os mosquitos em coro perguntam: Que é isso? Pegou? O Sapo responde: "Sim! Me ajudem! Me ajudem!" O Boi foi saindo da água pé ante pé com o Sapo engastalhado no vão da unha do pé. Todos vaiaram muito o Sapo que foi pegar o Touro e foi pego na unha. Moral - Diz Esopo que isto se aplica aos que não pensam nas consequências de se meter a atender os desafios de "quem quer, vai"... REVISÃO - Pelo jeito, Esopo gostaria que o Rei concluisse que o Sapo devia dizer: Não vou! Quem quer, vai! Quem não quer fazer, faz como o Mosquito e manda que outro o faça, não é? Tanto o Mosquito desafiador, quanto o Sapo devorador e fanfarrão fazem muito bem a figura de nossos políticos e burocratas de hoje.
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