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Correios em Portugal
(Fernando Farelo Lopes)

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É difícil dizer se os correios começaram por ser oficiais, ou seja, exclusivamente ao serviço do rei, recorrendo a escudeiros ou a criados.
É muito antiga a utilização de almocreves, barqueiros, carreteiros e caminheiros, não só no transporte de mercadorias mas também no envio de cartas, recados ou notícias.
Esta situação manteve-se até meados do século XIX. Mas, pelo menos a partir de 1520, é detectável a intenção de estabelecer um serviço público de correios, pois nessa mesma data foi Luís Homem, nomeado como correio-mor, cargo então criado por D. Manuel.
De 1606 a 1793, este cargo esteve nas mãos de Luís Gomes da Mata, que o comprou a Filipe II e seus descendentes, tendo-se verificado assim uma autêntica “privatização” do serviço de correio.
Foi em 1793, que o Estado chamou novamente a si a responsabilidade de fazer funcionar um serviço público de correios.
O funcionamento mais eficiente e mais alargada de tal serviço, dependia da existência de uma rede de estradas que permitissem a passagem das diligências ou mala-postas.
A primeira estrada importante, de Lisboa a Coimbra, só ficou aberta nos finais do século XVIII. Assim, em 1798, deu-se inicio em Portugal ao serviço de mala-posta, que levava três dias a percorrer a distância entre Lisboa e Coimbra.
Infelizmente esta ligação foi suspensa em 1804, pois a sua exploração não se mostrou compensadora, voltando tudo á situação primitiva das ligações a cavalo ou a pé.
Em 1821, tentou-se de novo pôr-se a funcionar a mala-posta, mas desta vez entre Vila Nova da Rainha e Caldas da Rainha, e também entre Aldeia Galega e Badajoz, com ligação a Madrid em 1830.
Só na segunda metade do século XIX é que se tornou normal o funcionamento da mala-posta em Portugal.
Em 7 de Maio de 1833, iniciou-se a distribuição domiciliária da correspondência, mas só para quem pagasse uma sobretaxa. A partir de Outubro do mesmo ano, essa distribuição passou a ser geral.
De 1852 a 1871, houve carreiras de mala-posta entre o Porto, Braga, Guimarães e Viana do Castelo. Nesse mesmo ano de 1852 procedeu-se a uma reforma postal de grande alcance que foi a introdução do uso de selos na correspondência.
Igualmente em 1853, foram estabelecidas as primeiras linhas e estações de telégrafo eléctrico.
Mas, a grande revolução operada no funcionamento dos correios virá a ser a criação dos caminhos-de-ferro.
Em 1866 inaugurou-se o serviço de ambulâncias postais ferroviárias.
O primeiro cabo submarino, entre Portugal e a Inglaterra, começou a funcionar em 1870. Em 1877 principiou em Portugal o uso do Bilhete Postal. Correios e telégrafos fundem-se numa só empresa em 1880, ano em que surge também a posta rural. As redes telefónicas de Lisboa e Porto foram inauguradas em 1882.
Em 1911 os CTT são transformados numa administração-geral, dotada de autonomia administrativa e financeira.
A primeira ligação telefónica internacional entre Lisboa e Madrid, é feita em 1928, sendo dois anos mais tarde inaugurado, em Lisboa, o sistema telefónico automático.
Em 1934, dá-se a primeira expedição de correio aéreo a partir de Portugal. Três anos mais tarde teve inicio o serviço radiotelefónico entre Lisboa e Londres.
Em 1969 os CTT são convertidos na Empresa Pública Correios e Telecomunicações de Portugal.



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