A REPONSABILIDADE DO AÉCIO.
(Eric Ammirati)
Não sou aquele fanático PSDBista, mas simpatizo com figuras do seu rol. Não sou 100% anti-PT mas não concordo com situações diversas vistas durante os 8 anos sob comando do Presidente Lula. Por isso creio que a alternância de poder do PSDB rumo ao PT foi benéfica ao país.
Mesmo crendo que o país já estava bem quando Lula o recebeu de FHC, seguindo direções da mesma cartilha, com doses exacerbadas de populismo, tornou o cargo num picadeiro e seu circo propiciou muitos espetáculos dentre e fora do planalto. Chegando a ser chamado de desenformado pelo seu parceiro IRANIANO.
Neste país de proporções continentais, onde nem mesmo a informação é capaz de chegar “universalmente” e que – pior – se chegar, certamente não será compreendida, principalmente, nos grandes e ainda existentes currais do país como ALAGOAS, MARANHÃO, CEARÁ dentre outros, onde famílias perpetuam-se no poder, dominam os meios de comunicação e servem aos seus próprios interesses, as coisas – por conveniência – não precisam mudar.
Confesso que há tempos não temos visto partidos que nos tragam ou tentem imputar propostas mais ideológicas, além daqueles que quando carregam ideologias como o PCO, PSOL, achamos bizarros por não estarmos mais acostumados a tais abordagens.
Nesta campanha presidencial medrosa, entendo que o grande decisor de uma eleição majoritária resolvida no primeiro turno, sem dúvida, é de responsabilidade do “querido” Aécio Neves.
Parece-nos que a história familiar que este carrega como herança, mas seja um fardo do que algo digno de citações, recordações e saudades de alguns. Ideologia talvez tenha sido o que faltou a este. Garra de mudar como seu avô talvez tenha lhe faltado em momento tão importante. Coragem de construir uma candidatura da ‘esperança’ como fizeram a atual posição, anos atrás.
Na minha visão míope da política nacional no exato momento em que AÉCIO declinou da composição de chapa com José Serra, por uma simples questão de “não posso ser vice” decidiu sozinho o resultado do pleito vindouro de Outubro de 2010.
É como se assistíssemos nosso futuro sendo decidido a uma canetada em um gabinete qualquer.
Também convencidos disto os “parceiros” democratas encaminharam para a degola um índio de tribo desconhecida. Sem expressão, sem postura, sem ter notoriedade e sinergia com o postulante ao cargo principal.
Todos (inclusive AÉCIO)– menos Serra e eu – satisfeitos com os rumos da política nacional, com o talento da diplomacia brasileira, de um governo que teve acertos sim, mas poderia ter o poder alternado.
AÉCIO na sua covarde decisão deve ter ciência que nem mesmo ele, com seu fardo herdado, será capaz de bater – SOZINHO – um eventual retorno de um líder populista, não popular, como o presidente LULA. Lembre que na América do Sul é este o perfil de governante que tem se perpetuado no poder. Espero que seus 8 anos de coadjuvante no senado sejam bem confortáveis, seguindo a manada.
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