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Organização das Nações Unidas
(Carlos Porto)

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A Conferência de São Francisco, em Junho de 1945, marca a fundação da ONU, cuja Carta seria assinada pelos cinquenta estados fundadores.
O espírito da Carta, constituí como seu objectivo primeiro e fundamental “ assegurar a paz no mundo e proteger os direitos do homem no mundo”, sendo apoiada por uma vasta e complexa estrutura organizacional onde pontuam três órgãos políticos - O Conselho de Segurança, a Assembleia Geral e o Secretariado - apoiados por organizações especializadas em diversos sectores. A ONU desenvolve a sua acção nos mais diversos domínios á escala mundial.
Apenas escapam á sua competência os assuntos internos dos Estados.
Apesar disso, a organização mostrou-se impotente para resolver as grandes questões internacionais pós-guerra.
Com a guerra fria, a organização vê-se paralisada pelo veto dos dois Grandes no Conselho de Segurança - Estados Unidos e União Soviética - que, para superar o impasse a que se chegar, procuraram ultrapassar o duopólio e fazer deslocar alguns poderes para a Assembleia Geral, tentando aí formar os seus blocos de apoio.
É neste contexto que se sucedem as tentativas de admissão de novos membros, entre os quais Portugal. O Governo de Lisboa, não foi convidado para a Conferência de São Francisco, ficando ausente da fundação da ONU. Salazar, diplomaticamente, não mostrou interesse em pertencer-lhe, pois tinha certas sérias reservas aos princípios da carta: a invocação do modelo democrático, que o Estado Novo recusava, e sobretudo os preceitos anti colonialistas, que poderiam por em causa a politica colonial portuguesa.
Com o clima de guerra fria crescente e a bipolarização progressiva da cena internacional com o reflexo inevitável no seio da organização, faziam alterar esta posição da politica externa portuguesa.
No sentido de reforçar a sua posição na Assembleia Geral, o bloco ocidental, por iniciativa dos EUA e da Inglaterra convida Portugal para integrar a organização, convite esse que é aceite e a candidatura portuguesa formalizada.
O veto soviético, veio malograr esta primeira tentativa diplomática portuguesa de adesão, como dos outros países ocidentais. Lisboa não retira a sua candidatura, e em 1954, lança uma segunda tentativa.
A conjuntura internacional já era diferente e o bloco ocidental e o soviético procuram o reforço das suas posições, com a adesão de novos membros.
Após as negociações, o compromisso é conseguido a 15 de Dezembro de 1955 e a admissão de novos membros é votada.
Portugal torna-se então membro da ONU, o que constituiria um marco importante para a politica externa portuguesa.
Ao lado de uma politica até então bilateral, Portugal passa a desenvolver uma politica multilateral e a ser chamado a tomar posições sobre os acontecimentos internacionais.
A consequência mais imediata e relevante da adesão seria para Portugal a questão colonial, primeiro o embate teórico do espírito anti colonialista, depois o isolamento prático e a hostilidade da comunidade internacional em face da politica colonial de Lisboa, que a ONU reflectiu e veiculou, até á descolonização portuguesa.



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