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Os desafios da terapia - Reflexões para pacientes e terapeutas
(IRVIN D. YALOM)

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O psiquiatra Irvin D. Yalom conta suas experiências na clínica terapêutica de escuta. Pelo que descreve, não se sabe ao certo a orientação de sua escuta, uma vez que ali se misturam aspectos da psiquiatria, da psicanálise e da psicologia cognitivo-comportamnetal. Não chega a ser uma leitura muito fácil, devido à densidade do assunto tratado: as viceissitudes da alma humana. É um livro para ser degustado aos poucos, porque cheio de sabores nem sempre doces e suaves, o que sugere o investimento de tempos razoáveis para a elaboração - como exige uma boa psicoterapia.    

Muito do que há nas histórias que recheiam o livro de 85 microcapítulos aparece em outras obras de sua autoria, como “Quando Nietzsche chorou”, “A cura de Schopenhauer” e, especialmente, em “Mentiras no divã”. Neste último caso, o psicoterapeuta faz lembrar (para quem já leu) episódios de assédio sexual na clínica, tema muito mais caro aos pacientes do que aos psicoterapeutas   - uma vez que estes, pressupõe-se, por questões éticas e da própria disposição à cura do outro, devem ser imunes a tais investidas.      

Yalom ensina que a teoria deve amparar a prática, mas não dominá-la nem controlá-la. Se o setting terapêutico é por excelência um espaço de criação, então que os instrumentos sejam limitados apenas pelas possibilidades psíquicas e emocionais de cada cliente (paciente). Como assim? Embora o analista seja detentor de um suposto saber sobre o outro, quem mais sabe de si e suas singularidades é o demandante (paciente, cliente). O analista é, acima de tudo, uma escuta atenta e também singular, que às vezes pode intervir   - mas, nem sempre.

Dicas básicas, como anotações após as sessões e a condução do cliente à responsabilização por seus atos e sua vida mesclam-se a observações mais refinadas. Como é o caso de alguns microcapítulos mais para o final do livro dedicados à   interpretação dos sonhos na clínica atual. Ao invés de esmiuçar os sonhos trazidos pelos pacientes, são valorizados alguns pontos que podem acelerar a terapia, sem prejuízo a ele. O conteúdo excedente, no entanto, não é desprezado. Ao contrário, também é anotado de fato ou mentalmente pelo analista, que retornará a eles no momento oportuno.    

Para os leitores desse tipo de obra, há também “Cartas a um jovem terapeuta – Reflexões para psicoterapeutas, aspirantes e curiosos”, de Contardo Calligaris, psicanalista italiano radicado no Brasil. A prosa, bastante acessível a leigos, não é tão superficial como as crônicas semanais publicadas pelo   autor em um dos maiores jornais brasileiros, nem de tão difícil assimilação como seus livros teóricos para estudiosos e profissionais da área. (o resumo desta obra já está disponível na série de textos de Maria_Truccolo)    



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