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Mudanças Familiares
(Martine Segalen)

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Até aos finais da década de 60 verifica-se um certo consenso no que respeita ao meio de constituir família, mas a partir da referida data deixa de se verificar a presença de um único modelo de constituição de família (família nuclear). Sobressaem novas formas de organização e legitimação da vida familiar que competem com o modelo clássico familiar. Este começa a ser posto em causa enquanto se instala uma certa variabilidade de configurações familiares.Verifica-se que, apesar do modelo familiar dominante continuar a ser o nuclear: “Actualmente, ao falar-se de família, o plural impõe-se.” (p. 327).Deste modo, admite-se a emergência novas alternativas de vivência familiar, diferentes daquela legitimada até então. Estas fundam-se numa visão da conjugalidade mais como relação do que como instituição; centram-se na satisfação afectiva e relacional dos seus membros e privilegiam normas de funcionamento democráticas e igualitárias; nelas encontramos um laço conjugal que privilegia a relação e a ausência dos diversos constrangimentos impostos e pressões sociais sentidas na vida colectiva, voltadas para uma maior aceitação da dissolução dos laços conjugais, para a procura de comunicação intensa e para a igualdade vivida nas práticas e os valores da paridade conjugal.Coexistem diversas formas familiares, ou seja, diferentes modos de viver em conjugalidade, numa mesma sociedade e entre as em diferentes sociedades do mundo que estão na sofrer alterações: “cada época conhece as suas formas familiares; sociedade e família são produto de forças sociais, económicas e culturais comuns, sem que uma seja o resultado da outra.” (p. 10). Embora o fenómeno familiar seja universal, este assumiu muitas formas ao longo das diferentes épocas e nos diferentes contextos sociais, sendo uma instituição em contínua mutação. Este varia quanto às relações familiares, formas de indepêndência e de autonomia, ou dimensão, de acordo com o contexto em que se insere Dessas mutações provém uma considerável dificuldade na definição das formas e funções da família. As modalidades da vida familiar, as suas regras, funções e estratégias são muito variadas, sendo que estão quase sempre associadas à inserção na vida social dos seus membros. Embora esta instituição social possa constituir um fenómeno universal, convém mencionar que a variabilidade das formas sobre os quais ele se apresenta é de tal maneira ampla que se deve reconhecer que a família é fortemente influenciada pela complexa organização social, ao mesmo tempo também a própria organização social.Seria difícil negar a existência de grandes mudanças na actualidade, tanto na natureza do casamento como da família, reflexo de transformações sociais mais amplas. De um modo geral a educação dos jovens, a informalidade das relações sociais, e a libertação sexual, podem explicar a grande e profunda alteração do modelo familiar tradicional. Não obstante, torna-se claro que a família não está no limiar da decadência. Ela continua a ocupar um lugar de relevo entre os valores e as representações sociais. Não é a família que está em crise, trata-se da perda de sentido de um modelo, ou de um tipo de família, que parecia dominante até aí, e que estaria a ser substituído por modelos com outras lógicas.



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