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Distúrbio Obsessivo-Compulsivo
(A. Macedo; F. Pocinho)

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O Distúrbio Obsessivo-Compulsivo - D.O.C. (na sua designação clássica Neurose Obsessivo-Compulsiva) é um quadro clínico ansioso, caracterizado pela presença de obsessões ou compulsões, distintamente, ou ambos os fenómenos ao mesmo tempo. Obsessões são ideias, pensamentos, imagens, ou impulsos, persistentes, inaceitáveis ou incoercíveis, que invadem a consciência do indivíduo, sendo, por isso, intrusivos e, no geral, perturbadores (pelo seu conteúdo e frequência). São sentidas pelo próprio como produzidos internamente, isto é, emanados da sua própria mente, embora que de forma involuntária. São vistos pelo doente como irracionais, absurdos ou mesmo, inapropriados, criando uma tentativa de resistência e supressão por parte do mesmo (na maior parte das vezes sem sucesso), pelo que resultam sentimentos de grande angústia e ansiedade. Compulsões são comportamentos ou fenómenos mentais (estes últimos no caso das compulsões encobertas) repetitivos e intencionais, embora o indivíduo se sinta compelido a desempenhá-los. Realiza-os de forma recorrente, estereotipada e estandardizada, e visam combater as experiências obsessivas interiores, ajudando a reduzir a carga de tenção, desconforto e ansiedade que as acompanha. A sua realização, precedida de uma sensação de urgência e resistência, provoca alívio temporário. Entretanto, a resistência a uma compulsão, faz aumentar a ansiedade. As compulsões não têm um fim em si mesmo, mas destinam-se a evitar algum acontecimento ou situação temidos, ou ameaçadores, embora não se coadunem realisticamente àquilo que pretendem impedir ou reduzir, e não possuam qualquer sentido lógico. Podem ser mais ou menos aceitáveis, mas no geral são vistas pelo doente como excessivas, estranhas, irrazoáveis ou irracionais, e, embora libertem a tensão, não provocam prazer.O D.O.C é uma perturbação psiquiátrica que, atingindo um elevado grau de intensificação e desenvolvimento, pode absorver quase toda a energia do indivíduo, produzindo enorme desconforto e invalidação para o paciente, e, podendo mesmo, tornar-se extremamente incapacitante. Frequentemente, gera ansiedade, depressão e interfere significativamente, e de forma angustiante, no quotidiano de quem o manifeste, consumindo tempo, e impondo limites ao nível individual e social, pois estendem-se os conflitos e o sofrimento a toda a rede de relações sociais que envolvem o paciente; em casos extremos, pode levar a actos suicidas. No entanto, não se verifica, em momento algum, a perda do contacto com a realidade. Geralmente, o internamento ocorre quando se verifica, por parte do doente, ideação ou intenção suicida, risco para terceiros, ou incapacidade de cuidar de si próprio. A avaliação deste distúrbio deve permitir ao clínico verificar a gravidade dos sintomas e as variáveis dependentes. Esta fase constitui-se de extrema importância, permitindo uma correcta intervenção terapêutica. O curso da doença pode revelar-se crónico e sem remissão, por fases, (havendo períodos de completa remissão) e por episódios (assistindo-se à atenuação incompleta, de modo a que um funcionamento social adequado seja conseguido).Para uma boa evolução deste quadro clínico, deve-se assistir a sintomas leves ou atípicos, curto espaço de tempo entre o aparecimento dos sintomas e o tratamento, bem como um desenvolvimento pré-mórbido saudável.



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