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Encontro com Milton Santos ou O Mundo Global Visto do Lado de Cá
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O filme de Sílvio Tendler, lançado em 2007, tem como eixo uma série colocações do geógrafo Milton Santos, extraídas de uma entrevista gravada em 2001, meses antes de sua morte. Essas falas, objetivas e contundentes, são intercaladas com imagens históricas e com a narração de fatos econômicos, políticos e sociais do processo histórico da globalização.Bacharel em Direito e doutor em Geografia, Milton Santos nasceu em 1926, no município de Brotas de Macaúbas/BA. Estudou direito em Salvador, formou-se doutor em Geografia na França, em 1958. Esteve exilado por 13 anos, tendo lecionado em grandes universidades de diversos países. De volta ao Brasil em 1976, lecionou na UFRJ e na USP, foi consultor do Governo do Estado de São Paulo e publicou vários livros. Apesar de pouco conhecido fora do meio acadêmico, teve grande reconhecimento no exterior.No início do documentário Milton Santos se define com um "outsider", uma vez que não faz parte de nenhum partido ou movimento e nem mesmo de nenhuma linha teórica específica. Diz-se ainda um Marxista, mas não ortodoxo. Ainda nos primeiros minutos, diferencia o "mundo global como nos fazem ver" do "mundo global tal como ele é", definindo o primeiro como uma fábula e o último como uma perversidade. Este contraponto é a base das idéias apresentadas ao longo do filme que procuram desmascarar ao espectador a verdadeira face do capitalismo global.São apresentados diversos aspectos da perversidade do mundo global como a miséria e revolta da população dos países em desenvolvimento, provocadas pelas medidas de privatização e liberalização propostas pelos EUA no Consenso de Washington. Este processo mostra que no sistema capitalista global, o desemprego, a pobreza e a fome experimentados por grande parte da população são vistos como necessários para o avanço econômico. Milton Santos destaca também a manipulação que a mídia exerce sobre as grandes massas, dizendo que a informação que seria um bem valioso para a população num mundo global, infelizmente é manejada pelos que detêm o poder econômico para perpetuar o sistema desigual. Por outro lado, afirma que o povo, fazendo uso dos recursos tecnológicos de comunicação áudio-visual, poderia revolucionar a situação atual, por meio de movimentos independentes. O filme é muito enriquecido pela participação de outros intelectuais contemporâneos, como José Saramago que questiona o conceito atual de democracia, palavra que está sempre presente em discursos, mas por não ser discutida, tornou-se um termo vazio. Afirma que a democracia que se vive hoje é “amputada e condicionada”.Apesar de Milton Santos se dizer otimista dizendo que acredita que podemos chegar a uma globalização solidária, suas afirmações finais resumem a dura realidade que o filme revela: “Nunca houve humanidade... Estamos fazendo os ensaios do que será a humanidade.”Muita coisa vem à mente quando nos deparamos esta idéia. Algumas perguntas que podemos (e devemos) nos fazer é: O que temos feito individualmente para contribuir com essa perversidade do capitalismo global? O que somos capazes de fazer para boicotar este sistema? Do que somos capazes de abrir mão?



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