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Diagnóstico da Esquizofrenia
(Vários)

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Definição
A esquizofrenia é o quadro mais endógeno e clássico do campo das psicoses.
É uma doença do cérebro, provavelmente caracterizada por uma alteração precoce do desenvolvimento cerebral de oriegem genética, que produz severas anomalias nas conexões entre diferentes áreas do sistemas nervoso.
É um quadro complexo, com exacerbações e remissões, que cursa com alterações do pensamento e da sensopercepção, e que geralmente é acompanhada por uma deteriorização da personalidade que condiciona um progressivo distanciamento do paciente em relação ao mundo real (afecta a capacidade da pessoa para projectar o futuro ou relacionar-se com outras). Esta é uma apreciação geral daquilo que mais se aproxima a esta doença. A esquizofrenia possui uma grande variedade de quadros de início com diferentes sintomatologias e diferentes formas de evolução.
 
Manifestações
Classicamente são distinguidos quatro tipos de esquizofrenia claramente diferenciados: paranóide, catatónica, simples, hebefrénica. Nas classificações actuais incluem-se outras como a residual. A paranóide é a mais frequente e a catatónica a menos frequente. Frente a esta subtipificação da esquizofrenia, nos últimos anos tem sido sugerida outra classificação: esquizofrenia com predomínio de sintomas positivos e esquizofrenia com predomínio de sintomas negativos.
 
Diagnóstico
O diagnóstico da esquizofrenia é sempre clínico. Os sintomas têm sido classificados segundo diferentes pontos de vista. Andreasen classifica-os em dois grandes grupos: positivos e negativos. Crow distingue entre tipo I de predomínio de sintomas positivos e tipo II de predomínio negativo.
No âmbito do trabalho quotidiano são utilizados os critérios diagnósticos periodicamente publicados e revistos pela OMS no seu manual CIE-10 e pela APA no seu manual DSM-IV, facilmente aplicáveis por parte de pessoal treinado e que permitem diagnosticar adequadamente.
 
Sintomatologia
Trata-se de uma doença polimórfica que pode cursar com alterações psicopatológicas em distintos campos: pensamento, percepção, linguagem, afectividade, psicomotricidade, etc.
As alterações do pensamento, constituídas fundamentalmente pelos delírios, constituem os sintomas mais característicos. Constituem-se por alterações do conteúdo do pensamento, alterações do curso do pensamento e alterações formais do pensamento.
As alterações da linguagem estão muito relacionadas com as do pensamento. Na linguagem de um esquizofrénico podemos encontrar as alterações derivadas dos seus pensamentos. Incluem mutismo, soliloquios, esteriotipias verbais, taquifemia, verborrea.
As alterações da sensopercepção caracterizam-se muitas vezes por alucinações auditivas (vozes, fonemas ou ruídos), mas também podem manifestar-se alucinações nos campos olfativo, gustativo, cinestésico, etc.
As alterações da afectividade constituem um dos sintomas negativos por excelência nas descrições clássicas, sendo caracterizado por um aplanamento da afectividade, com desinteresse/desmotivação geral pelas coisas e pessoas ao redor. Nelas encontramos ambivalência ou embotoamento afectivo, paratimia, disforia ou irritabilidade, quadros depressivos e hipomaníacos.
As alterações psicomotoras são constituídas pela catatonia (alterações da actividade motora voluntária e da postura), esteriotipias motoras, amaneramentos, maneirismos, gesticulações, etc.
As alterações cognitivas constituem-se por um défice de atenção evidente que condiciona o desenvolvimento posterior de um vasto número de tarefas (alteração da memória de trabalho e disfunção do pensamento abstrato).
 
Diagnóstico Diferencial
A psicose, distorção da realidade em forma de delírios e alucinações, é a primeira manifestação da esquizofrenia, mas também de outras doenças psiquiátricas e somáticas. A evolução do paciente depois do episódio psicótico permitirá realizar o diagnóstico adequado. É importante realizar um diagnóstico diferencial em relação a outras psicoses, transtornos afectivos, doença orgânica. O diagnóstico é realizado em função dos sintomas que apresenta o sujeito, havendo a possibilidade de uma redifinição diagnóstica.

Bibliografia:
MARTÍNEZ, Alfonso; ASINS, Juan. (2009). Conceptos generales sobre clínica, evolución y terapéutica de la esquizofrenia. IAEU. Barcelona.
MORENO, Alfonso; ÁLAMO, Javier; LAUFFER, Javier. (2009). Psicopatología y terapéutica psicofarmacológica de la esquizofrenia. IAEU. Barcelona.



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