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Tratamento da Esquizofrenia
(Vários)

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A esquizofrenia deve ter uma abordagem terapêutica multidisciplinar que integre todas as medidas eficazes para o tratamento dos sintomas clínicos e para a reabilitação do paciente, pelo que o melhor enfoque é o que combina a medicação com distintas formas de atenção psicossocial. Há que ter em conta os recursos disponíveis para definir os objectivos que se pretende atingir em cada caso.
 
No que respeita ao primeiro tratamento de eleição - FARMACOLÓGICO - devem ser distinguidas diferentes famílias de fármacos: antipsicóticos ou neurolépticos, correctores dos efeitos secundários dos antipsicóticos, antidepressivos, ansiolíticos e estabilizadores do estado de ânimo. Os neurolépticos clássicos/ típicos/ de primeira geração têm uma boa eficácia frente aos sintomas positivos, efeito anti-delirante e anti-alucinatório; o seu mecanismo de acção básico é sobre o sistema dopaminérgico; têm um perfil amplo de efeitos secundários, sobretudo efeitos extrapiramidais, pelo que nem sempre são bem tolerados. Os antipsicóticos atípicos/ de segunda geração têm provado que a sua eficácia é igual ou superior em relação aos clássicos; possuem um perfil de efeitos secundários melhor tolerado e estão a ser reconhecidos como tratamento de primeira eleição nos quadros agudos.
 
Para a eleição de um neuroléptico devemos ter presente os sintomas do primeiro episódio, os tratamentos prévios recebidos e suas respostas. Muitos autores consideram que os dois gupos são equivalentes na sua eficácia; no entanto, alguns pacientes respondem melhor às moléculas clássicas e outros aos novos antipsicóticos; cada paciente expressa a doença de uma forma particular e desta mesma forma responde aos tratamentos. Alguns critérios para a eleição do medicamento são: eficácia e efectividade constatadas, experiência, tolerância, condicionamentos clínicos, farmacocinética e farmacodinâmica, custos sociosanitários e etiopatogenia.
 
Relativamente às doses a utilizar não existem pautas de consenso entre Psiquiatras; no entanto, as correntes actuais preconizam o uso de doses moderadas para o tratamento da doença.
 
Em relação à duração do tratamento, e supondo uma boa evolução, a maioria dos autores defende que este se deve manter pelo menos durante os doze meses seguintes ao controle dos sintomas, sendo recomendada uma progressiva diminuição medicamentosa depois de um primeiro e único episódio; tal não se aplica se as recaídas são frequentes ou se reaparecem os sintomas opós a retirada do tratamento (este deverá ser para toda a vida).
 
A terapia electroconvulsiva é outro recurso disponível para o tratamento, mas apenas para situações específicas, devendo usar-se complementariamente aos neurolépticos. Pode utilizar-se em quadros agudos e é de especial eficácia se o quadro tem um colorido afectivo.
 
Apesar do tratamento famacológico ser a principal e mais eficiente intervenção, o tratamento deve consolidar-se com intervenções de carácter psicossocial. Estas têm-se mostrado ferramentas básicas para conseguir uma adequada adaptação e integração em sociedade. Nestas encontramos a psicoeducação, a terapia familiar, o desenvolvimento de habilidades sociais, a reabilitação vocacional, a terapia cognitivo-comportamental, a intervenção psicoterapêutica.
 
A família deve estar implicada no processo terapêutico, o que será gratificante para o paciente e para a própria família. Por isso são também muito importantes os programas de psicoeducação e de orientação da família. Prestar atenção ao meio familiar do paciente, educar e informar sobre a doença é fundamental. A família deve ser vista como um recurso pois será o suporte do paciente, a baixa emoção expressada contribuirá para o bem-estar do paciente e para a prevenção de recaídas.
 
Os internamentos são eficazes quando surgem recaídas, orientados sempre à reeducação e autosuficiência do paciente.

Bibliografia:
MORENO, Alfonso; ÁLAMO, Javier; LAUFFER, Javier. (2009). Psicopatología y terapéutica psicofarmacológica de la esquizofrenia. IAEU. Barcelona.
MARTÍNEZ, Alfonso; ASINS, Juan. (2009). Conceptos generales sobre clínica, evolución y terapéutica de la esquizofrenia. IAEU. Barcelona.



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