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Marquês de Pombal
(Tomás Pereira)

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Titulo concedido em 16.9.1769 ao estadista Sebastião José de Carvalho e Melo, nascido em Lisboa a 13.5.1699 e falecido em Pombal a 8.5.1782.
Oriundo de uma família nobre mas pobre, parece ter estudado na Universidade de Coimbra.
Raptou uma viúva , 10 anos mais velha do que ele, da casa dos condes dos Arcos, com quem casou em 16.1.1723.
Mercê da protecção do cardeal D. João da Mota, tornou-se , em 1739, representante de Portugal em Londres e a partir de 1743 enviado extraordinário em Viena.
Viúvo desde 1739, casou em 1745 com uma jovem filha de um arruinado conde austríaco. Abandonou Viena em 1749, regressa a Lisboa, com uma folha de serviços pouco brilhante.
Após a morte de D. João V, em 1750, e o consequente afastamento do grupo de frei Gaspar da Encarnação, entrou a fazer parte dos novos governantes escolhidos por D. José.
Para esta escolha terá contribuído a rainha-mãe, austríaca de nascimento como o era a esposa de Sebastião José, e a recomendação dos jesuítas José Moreira e José Ritter, confessores régios.
Secretário de Estado, perante a ineficácia dos seus colegas na governação, tornou-se o chefe da facção dominante, partidária do reforço do absolutismo, avançando com propostas nesse sentido, assim como das reformas das instituições e da criação de organismos novos no sentido do dirigismo comercial.
Assegurou o seu poder pela energia prática de que deu provas aquando do terramoto de 1755.
Elevado a dirigente único, aproveitou-se de um atentado contra D. José, em 3.9.1758, para anular resistências mais poderosas que se opunham aos seus planos mais absolutistas. Começou pela nobreza, através da prisão e do suplicio em 13.1.1759, de muitos membros importantes de casas nobres de Aveiro, Távoras, etc, e os Jesuítas, que fez expulsar em 3.9.1759 e cujos bens sequestrou.
A expulsão dos Jesuítas implicou, para além de gravíssimas consequências no sector de evangelização e da presença de Portugal no ultramar, um golpe no sector educativo do País, ao serem encerrados a Universidade de Évora e o Instituto Universitário de Coimbra e Lisboa, bem como 19 colégios que constituíam a quase totalidade da rede de ensino universitário e médio então existente, com um número de alunos que ultrapassava os 20 000, para não falar no encerramento de 15 colégios no Brasil, um em Angola, um em Goa, dois em Macau e vários no Oriente.
Foi assim obrigado a lançar as bases do ensino secundário oficial em 1757 e 1764, á criação do ensino primário em 1772 e á reforma da Universidade de Coimbra em 1772.
Enquanto procedia ao aniquilamento e á subalternização das forças sociais mais influentes e mais independentes, Sebastião José, procurou reforçar o funcionalismo judicial, assim como dos grandes mercadores, estabelecendo as Companhias do Grão-Pará e Maranhão, Pernanbuco e Paraíba e de Agricultura do Alto Douro.
O insucesso de todas as companhias monopolistas, com excepção da dos vinhos,que criara a reacção dos pequenos mercadores, trouxe-lhe crescente problemas financeiros, fiscais e administrativos.
Aquando da morte de D. José, ocorrida em 24.2.1777, a “desgraça” do Marquês de Pombal era evidente. Em 1.3.1777, foi aceite o seu pedido de exoneração e uma semana depois refugiou-se em Pombal.
A enorme fortuna que acumulara não lhe trouxe alívio aos anos que lhe restavam de vida.
Em face da acusação do abastado comerciante F. Galhardo de Mendana, Sebastião José, viu-se no banco dos réus em 1779 e condenado em 1781 a desterro, como “merecedor de um exemplar castigo”.
Ele foi um politico enérgico e tenaz, soube aproveitar as oportunidades para a consecução dos seus objectivos, tomado pelo modelo absolutista que aplicou dentro de uma base ideológica galicana. Conseguiu garantir a unidade brasileira. No conjunto global da sua actividade governativa, os resultados positivos são difíceis de perceber em relação aos esforços despendidos.
Deve salientar-se também o seu esforço de aproximação a Inglaterra.
D. José fê-lo Conde de Oeiras em 15.7.1759 e elevou-o a Marquês de Pombal em 16.9.1769



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