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Esquizofrenia Infantil VS Autismo
(Alfonso Moreno; Javier Álamo; Javier Lauffer)

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Nas psicoses infantis são distinguidos dois grandes grupos: o da esquizofrenia infantil e o das psicoses englobadas nos transtornos gerais do desenvolvimento (como é o exemplo da perturbação autista).Na esquizofrenia infantil há uma retracção generalizada do interesse pelo ambiente, o pensamento, os sentimentos e os actos extravagantes, os transtornos do pensamento. A criança apresenta rigidez e distorção do afecto. Podem existir também alterações da motilidade, comportamentos que vão desde a actividade incessante até à imobilidade completa por parte da criança. Aparecem condutas raras com tendência à perseveração ou esteriotipias. É característico que apareçam condutas catatoniformes. Em muitas ocasiões aparecem rasgos típicos da personalidade premórbida. As crianças são susceptíveis e retraídas. Aparecem alucinações auditivas com conteúdos ameaçadores numa percentagem alta de casos diagnosticados.No autismo há caracteristicamente dificuldades por parte da criança no que respeita à relação inter-social; são observados, com frequência, problemas de comunicação e de linguagem, bem como presença de condutas repetitivas e restritivas. Na linguagem podem aparecer ecolalia e concretismos. A conduta é repetitiva, sem sentido e sem propósito aparente, com uma grande intolerância à mudança.
Em qualquer um dos casos será muito importante a implicação, educação e orientação dos familiares e das pessoas que contactam directamente com a criança. As estratégias utilizadas são muito importantes e demonstram benefícios no que respeita ao desenvolvimento integral da criança: a nível afectivo, comunicacional e social. A informação por parte da rede social e suas atitudes consentâneas com essa, permitirão também aos cuidadores da criança e outros que com ela interagem reduzir a sua expressividade emocional negativa. Prestar atenção ao meio familiar do paciente, educar e informar sobre a doença é fundamental. Deste modo, a rede deve ser vista como um recurso pois revela ser o garante e suporte da estabilidade da criança.



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