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Hotel Ruanda - Lição de Vida
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FILME HOTEL RUANDA     
O filme “hotel Ruanda” fala-nos de factos reais que mostram o culminar dos sentimentos humanos.
Ao vê-lo, identifiquei vários CULPADOS por motivos  vários, por exemplo:
 
Por OMISSÃO;
- FRANÇA, ao abster-se, na votação no Conselho de Segurança da ONU, para actualizar o capítulo sete para “Missão de Paz”, (conforme pedido desesperado do General Roméo Dallaire, que na altura cumpria missão em Ruanda com pouquíssimos recursos, a todos os níveis, inclusive de efectivos militares) para que fosse permitido às Forças de Paz usar armas (visto que até as suas próprias vidas corriam perigo, como chegamos a ver).
Por instruírem os seus militares para que não intervirem durante o massacre (de 800 mil homens, mulheres e crianças), limitando-se a evacuar os cidadãos estrangeiros e a assistir de camarote aquela mortandade.
 
- AMÉRICA, (na administração Clinton) por votar contra, no Conselho de Segurança da ONU, sobre o assunto acima referido, abandonando a sua própria sorte, 800 mil homens, mulheres e CRIANÇAS.
 
- IGREJA CATÓLICA, cujos representantes foram os primeiros a abandonar o país (navio, quais ratos), conforme nos foi dado a ver no filme.
Imagine que cada igreja ou missão seguisse o exemplo vivido no Hotel Ruanda, quantas mais vidas se teriam poupado.
Por permitir e incentivar o tipo de colonização ali praticada, que incutia o ódio étnico, com o resultado mundialmente conhecido.
Mas, a fé, a caridade, o altruísmo, desta instituição não se reproduziu em actos, não em Ruanda, não para aquelas 800 mil pessoas mortas.
 
- ALTO COMANDO DA ONU, que coniventemente se associaram a França e E.U.A., determinando que aquelas 800 mil pessoas deviam morrer daquela forma horrenda (com facões e peixeiras).
 
- Os Médias, que quando querem, costumam fazer a diferença, alertando consciências, movendo massas a lutar pelo que é justo…
Nada fizeram por Ruanda, decidiram que era mais importante dar cobertura ao julgamento de um roubo (O. J. Simpson), por mais escabroso que fosse não consigo perceber a escolha de matéria, (mesmo por que nada impedia que ambas fossem contempladas.
 
Por CUMPLICIDADE;
 
- FRANÇA cujo contingente militar ali estacionado, se dedicava a dar treino militar, bem como armas, aos Interahamwe (rebeldes ruandeses de etnia hutu organizados em milícias).
Um incentivo com impunidade perante uma conspiração sectária apoiada pelo “grande amigo” Presidente Francês François Mitterrand do então Presidente do Ruanda Major General Juvenal Habyarimana de etnia hutu.
De notar que muitas das decisões diplomáticas de Mitterrand (referentes à África) se baseavam numa mentalidade de erradicar a cultura francesa de África.
 
Por INCOMPETÊNCIA;
 
- ONU, por incluir no contingente militar desta” Missão de Paz” em específico homens do país ex-colonial (proceder contrario a politica da ONU e até aí nunca visto) com resultados nefastos para estes militares (belgas) e mais uma acha na fogueira para a situação aí vivida (guerra civil).
 
- BELGICA, ao fazer uma má colonização (apostando numa politica de divisão étnica entre Hutu e Tutsis) e pior, fazendo uma má descolonização (alias caso bastante comum na grande maioria das ex-colonias a nível geral).
Prova disso, é que após a saída do Governo Colonial, (aquele que durante anos, sistematicamente alimentou numa diferença de tratamento, julgamento, “respeito humano” ou seja fomentou o ódio entre aqueles que deviam ter sido educados a amarem-se e respeitarem-se como iguais (perante uma igreja conivente).
 
O que mais custa admitir, é que nada foi feito a nível internacional, porque não havia riquezas a explorar naquele país, e nem interesse geoestratégico para as grandes potências.
 
Assim decidiram abandona-los as consequências do ódio fomentado pelas políticas coloniais ali implantadas que trouxe ao de cima o extremo dos sentimentos humanos.
Quando humilhados, desprezados, acreditando serem aquilo que de facto sempre lhes disseram que eram (inferiores, menores, indignos de qualquer direito ou causa) os Hutus. Não enquanto houvesse os que eram superiores (com o tom de pele mais claro, com feições mais europeias, cujo tratamento era privilegiado) os Tutsis.
Sem uma mão de ferro, (as tropas coloniais na sua força, ou os efectivos da ONU com autorização para utilizar armas ou ainda a intervenção das tropas francesas ali estacionadas) para apaziguar os ânimos, foi pura nitroglicerina, quando aqueles ânimos recalcados, (com as mentes castradas pelo ódio, se sentiram livres e incentivados para excluírem aqueles que representavam o obstáculos (para serem superiores, donos da terra, etc…).
 
Ora quando as instituições (nacionais ou estrangeiras) não funcionam (intervindo para evitar a catástrofe, então só nos resta a iniciativa individual de um daqueles seres únicos que de vez enquanto fazem a diferença (o gerente do Hotel Ruanda, o Hutu Paul Rusesabagina) na cidade de Kigali.
 
O único homem que teve a dignidade de perceber o valor da vida (quer fosse Hutu ou Tutsi) e que por isso lutou, contra tudo e contra todos, pondo em risco a sua vida e a dos seus familiares mais chegados para puder salvar o maior número possível de vidas independente da etnia que tivessem, e a diferença, representou mil e duzentas vidas salvas.
As que ele conseguiu refugiar no Hotel que dirigia mais as duas sobrinhas cujos pais nunca foi possível localizar.   



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