Sismos 
(Adérito Tavares)
  
Um sismo, é um fenómeno que consiste da movimentação da crosta terrestre, do qual resultam os abalos, sismos ou terramotos e que têm sido um elemento constante na História Nacional.
 Este facto resulta da influência que no território do continente exerce a proximidade das regiões tectónicas circumpacifica e mediterrâneo-himalaiana, esta última afectando com maior intensidade a zona sul do país.
 No que diz respeito aos arquipélagos, os Açores, apresentam uma vulnerabilidade muito grande por se situarem numa zona onde se conjugam a região sísmica atlântica e a região mediterrânica, embora já numa fase de prolongamento. É de salientar que muitos dos sismos do arquipélago, em particular na ilha de São Jorge, são de origem vulcânica e não tectónica, muito embora tenha sido desta natureza o mais calamitoso dos terramotos que se verificou em 1757.
 A Madeira de um modo geral, é afectada pelos abalos violentos que se produzem na vizinhança, não possuindo por isso forte sismicidade.
 De entre todos importa realçar os terramotos de 1531 e de 1755.
 O de 1531 foi calamitoso, tendo provocado abalos em todo o Reino e estragos significativos em Santarém, Azambuja, Almeirim e Coimbra. Na capital, o tremor de terra deu-se no dia 26 de Janeiro e seguiram-se-lhe dois abalos menores. Foi considerado como castigo de Deus, apesar de algumas vozes como a de Gil Vicente, em Santarém, tentarem explicá-lo como um fenómeno da natureza. Caíram muitas construções, cerca de 1500 casas e muitas igrejas de Lisboa. Muita gente morreu nos escombros ou vítimas da peste.  
 O terramoto de 1 de Novembro de 1755, afectou grandemente a região de Setúbal e o Barlavento algarvio, enquanto Lisboa entrava em pânico com os abalos, a vaga sísmica que se originou no mar e o incêndio que se seguiu ao terramoto.
 Ruíram muitos conventos, palácios, igrejas, teatros da ópera, Castelo de São Jorge, Arquivo da Torre do Tombo, Paço da Ribeira. Sobre o sucedido surgiu uma vasta leitura e relatos variados.
 Importantes foram também as respostas aos inquéritos enviados ás paróquias do Reino depois do terramoto, que se encontram arquivados na Torre do Tombo.
 Uma vantagem sobreveio á tragédia: a reconstrução da capital, que viu assim substituir o seu traço medieval por uma arquitectura moderna, a Lisboa Pombalina. A reedificação de Lisboa foi acompanhada pela ascensão politica do Marquês de Pombal, fértil de consequências, cuja actuação prática foi meritória. 
 
  
 
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