Karl Marx
(Poeta Caminha)
INTRODUÇÃO
Marx acreditava que a razão não era só um instrumento de apreensão da realidade, mas também de construção de uma sociedade mais justa, capaz de possibilitar a realização de todo o potencial de perfectibilidade existente nos seres humanos. Ele tinha crença no progresso em direção a um reino de liberdade.
DIALÉTICA E MATERIALISMO
A tradição filosófica dominante na Europa até o início da modernidade pressupunha a existência. Sob essa ótica, o movimento e a transformação, no nível fenomênico, eram considerados mera aparência. Os caminhos da razão e da história vão gradualmente se aproximando até que essa concepção de realidade tomará o lugar das anteriores e retrógradas.
A filosofia de Georg Wilhelm Friedrich Hegel é um ponto alto dessa trajetória. Para ele “tudo o que é real é racional, e tudo o que é racional é real”. A realidade desenvolve-se enquanto manifestação da razão, num processo incessante de auto-superação desencadeado pelo conflito e pela contradição que lhe são inerentes. Movimento dialético é o caminho que produz a si mesmo. A noção dialética é iniciada no pensamento clássico grego e depois é reformulada por Hegel, que coloca:
“A opinião se prende à oposição do verdadeiro e do falso e costume ver somente a aprovação ou a rejeição de um sistema filosófico.”
O finito deve ser compreendido a partir do infinito. É essa relação entre o particular e a totalidade que Hegel denomina unidade dialética. Na base desse empreendimento está o sujeito, que é aquele que está incumbido de realizar o esforço conceitual de transcender a simples observação dos fatos, estruturando-os em um sistema totalizante.
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