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A abdicação de D. Pedo I e a coroação de D. Pedro II
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O período entre a abdicação de D. Pedro I, em 7 de abril de 1831, até a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, foi muito importante na história política do Brasil. Nesta época houve um período regencial de 9 anos, enquanto D. Pedro II não tinha idade legal para assumir o controle do império, tinha 5 anos na época em que herdou o Brasil. A Constituição de 1824 previa que, na hipótese de não haver um descendente real apto a governar o Império, o Brasil seria comandado por uma regência de três autoridades, a Regência Trina, que depois foi modificada, tornando-se Regência Una.  Após a antecipação de sua maioridade, de 18 para 15 anos, em 1840, ele cuidou de um governo por aproximadamente cinquenta anos, com aparente paz interna, e em que o Brasil teve ganho de prestígio internacional entre países europeus, e ganho de influência sobre a América do Sul - especialmente sobre a região da Bacia Platina. Por outro lado, a situação social do Brasil não obteve muitos avanços, acumulando pobreza e analfabetismo.
Parlamentarismo às avessas
Em 1847 o imperador criou o Conselho de Ministros, órgão que aconselharia o imperador a dirigir o Brasil, meio espelhado no parlamentarismo britânico. Mas a hierarquia do parlamentarismo clássico britânico e o parlamentarismo brasileiro eram invertidos. Daí o nome "parlamentarismo às avessas". Em 1847 também foi criado o cargo de presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro), que seria o chefe do ministério, encarregado de organizar o Gabinete do Governo. Assim, o imperador, em vez de nomear todos os ministros, passou a nomear somente o Presidente do Conselho, e este escolhia os demais membros do Ministério, retirando um elemento de desgaste político do imperador, sem que este tivesse diminuída sua autoridade.
Modelo parlamentarista brasileiro
No Brasil o imperador era o poder máximo, acumulando funções de chefe de estado e de governo, até a década de 1840 quando D. Pedro II decretou que o imperador não possuía mais os dois poderes, e sim apenas o Moderador. O poder executivo ficaria a cargo do Presidente do Conselho de Ministros, escolhido pelo Imperador. O cargo de presidente do Conselho é equivalente ao de primeiro-ministro, cargo este criado em 1847, pelo decreto 523 de 20 de julho, e que existiu até a Proclamação da República. O Presidente do Conselho escolhia o Gabinete, ou seja, os ministros quem formavam o Conselho de Ministros. Por fim recebia ou não a aprovação do parlamento. O que aconteceu muito no Brasil e no resto do mundo foi que o parlamento muitas vezes não aprovava a decisão do Chefe de Estado, e este se via obrigado a dissolver o parlamento (tanto em Monarquias Parlamentaristas como em Repúblicas Parlamentaristas da época. Espanha e França até chegaram a usar o exército para calar o povo na hora de dissolver o parlamento, no Brasil era costume o povo estar de acordo com a decisão do imperador). A Inglaterra foi uma exceção da época, mas principalmente por causa da câmara dos lordes, que era toda controlada pela Coroa. Apesar do modelo parlamentarista brasileiro não parecer muito democrático, era bastante democrático para a época. O imperador tinha muitos poderes, mas isso era costume da época em várias localidades do mundo, até mesmo na Inglaterra. 
 A estabilidade política
Dom Pedro II conseguiu criar uma máquina eficiente para direção do Brasil, baseada na troca de favores. Como a elite agrária detinha o poder do Brasil no século XIX, Pedro II sempre governou aliando-se a eles, realizando favores (como construção de ferrovias, açudes, aquisição de maquinários etc.) em troca da estabilidade que Pedro II necessitava para se manter no poder. Assim, Dom Pedro II conseguiu, nos primeiros anos de seu governo, lidar com um Brasil estável e, em um certo ponto de vista, próspero.



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