Poesia ao Entardecer
(Daniel Teixeira)
Papel branco imaculado,
que sujo de letras,
escrevendo tretas,
sentidamente contrariado,
pelo tédio,
que me acomete
sem remédio,
em tudo que nada promete,
Papel branco imaculado,
sofredor do meu tédio,
que acabas aos pés rasgado!
Não és tu o culpado
por não encontrar remédio
para mal tão desmesurado!
As minhas parcas palavras,
toscas,
sem serem buriladas...
como águas revoltadas,
não regam o campo que lavras...
Palavras de amargos frutos,
exóticos,
de um mundo desconhecido...
Utópicos,
como o desejo consumido,
entre a revolta dos lutos.
Elas não são o que bem quero,
fáceis,
como mulher prostituída...
Dóceis,
como criança adormecida,
alheia ao meu desespero.
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