A Reforma
(Adérito Tavares)
A época de despertar da cultura conhecida por Renascença, jogou um importante papel no movimento religioso que agora denominamos de Reforma.
Homens que tinham estudado filosofia começaram a questionar os ensinamentos da Igreja, enquanto a sua orientação e administração já estava a ser frontalmente criticada.
O supremo poder da Igreja na religião era desafiado por muitas seitas heréticas, que exigiam em mais intimo seguimento dos ensinamentos da Bíblia e uma maior simplicidade dos actos religiosos.
A Reforma teve inicio na Alemanha, em 1517, quando um monge agostinho, Martinho Lutero, publicou um protesto contra a venda de indulgências (perdões para os pecados), pregando-o na porta de uma igreja de Vitemberga. Lutero encontrou rapidamente apoios, e apesar do papa Leão X e do sacro imperador romano Carlos V tentarem suprimir o movimento, este alastrou muito depressa.
A Suiça, a Escandinávia, a Escócia e alguns dos mais pequenos estados alemães adoptaram a nova religião, chamada Protestantismo, porque os seus seguidores protestavam contra os abusos da Igreja Romana.
Em Inglaterra, o corte com o Papado, surgiu quando o papa Clemente VII se recusou a permitir o divórcio de Henrique VIII com Catarina de Aragão, para que se pudesse casar de novo e ter um filho. Cranmer, arcebispo de Cantuária, pronunciou o divórcio que foi posteriormente confirmado pelo Parlamento.
Em 1534, o Acto de Supremacia fez do rei o dirigente da Igreja de Inglaterra. Não adoptou as crenças protestantes, mas o seu povo, livre da interferência papal, fê-lo rapidamente.
Henrique tomou posse das riquezas dos mosteiros, dissolveu-os, destuindo assim o poder da Igreja.
A Igreja Católica Romana respondeu á Reforma com a sua própria Contra-Reforma, que começou em 1560 e introduziu muitas das tais necessárias alterações.
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