Legalização do uso da maconha
(Roelf Cruz Rizzolo)
Entre os assuntos tratados no 37º Congresso da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento, foi abordado o tema sobre a legalização do ouso da maconha.
Priliminarmente, não há como afirmar cientificamente, que a proibição ou não desta droga seja ético, porém, a ciência poderia trazer à público que, se a maconha é tão prejudicial à saúde e, por isso deve ser proibida, igualmente o álcool deveria ser proibido por muito mais motivos.
Há evidências contundentes de que os malefícios causados pelo álcool são maiores que o uso da maconha. Não tem sentido um pai ficar horrorizado quando o filho fuma mamconha, e achar aceitável que o mesmo ingira bebida alcoólica.
Para aqueles que acreditam na possibilidade da maconha ser porta de entrada para outras drogas, o doutor Dartiu Xavier da Silveira, diretor do Proad (Programa de Orientação e Assistência a Dependentes) da Universidade Federal de São Paulo, um dos principais centros de referência em tratamento e prevenção às drogas, mostrou dados indicativos de que, além desta posição não ter sustentação científica, a maconha pode ser porta de saída para aqueles que consomem drogas letais, como o crack e a cocaína.
Um comissão foi criada pelo Gverno Federal, visando chegar-se a uma solução sobre esse caso. Está em pauta, um modelo defendido pelo ex-presidente FHC, presidente da comissão, que vem sendo adotado por alguns países europeus como Portugal e Espanha, que troca a punição aos usuários e portadores de pequenas quantidades e drogas, por tratamento voluntário. Segundo FHC, declarar guerra contra as drogas não resolve. É necessário outras ações que levem à redução da demanda. É hora de avaliações e, até mesmo, de se rever posições.
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