Anorexia Nervosa
(BALLONE; G.J)
Transtornos alimentares são doenças graves, com morbi e mortalidade elevada que se iniciam comumente na adolescência. A anorexia nervosa (AN) prevalece no sexo feminino e vem aumentando drasticamente nas últimas décadas, sendo que a incidência de novos casos em mulheres jovens pode chegar a 1,43 por 100 mil indivíduos por ano, com prevalência estimada de 0,5% a 1%%. Acredita-se que a incidência seja maior, pois há muitos casos subdiagnosticados. Ocorre mais freqüentemente em adolescentes e adultos jovens do sexo feminino na proporção de nove mulheres para um homem. De etiologia multifatorial, envolve predisposição genética, fatores socioculturais, como valorização excessiva do corpo magro, vulnerabilidades biológicas e psicológicas. Caracteriza-se por séria restrição alimentar auto-imposta, com conseqüências orgânicas e psíquicas graves, e alta taxa de mortalidade, devido principalmente a suicídio e eventos cardiovasculares. Há busca incessante pela magreza, medo mórbido de ganhar peso, distorção da imagem corporal, acompanhada de inquietação excessiva com algum aspecto da aparência, que pode ou não ser real, mas mesmo nesse caso a inquietação é desproporcional e causa profundo sofrimento. Outra característica importante é a amenorréia.
A anorexia nervosa (AN) é doença grave de etiologia multifatorial, que envolve predisposição genética, fatores socioculturais, vulnerabilidades biológicas e também psicológicas. Caracteriza-se por séria restrição alimentar auto-imposta, com conseqüências orgânicas e psíquicas graves, e alta taxa de mortalidade.
Anoréxicos apresentam pouca habilidade para reconhecer e lidar com os próprios sentimentos, discriminar sensações que correspondem a si e ao outro, o que traz marcantes prejuízos emocionais e sociais Possuem identidade frágil, percepção perturbada das experiências corporais e pouca capacidade para distinguir o que é força necessária para a vida e o que é destrutivo. Põe em xeque a vida: reconhecem os riscos, mas os desconsideram totalmente. Exibem com frequência humor deprimido, retraimento social, grande preocupação sobre comer em público, interesse diminuído por sexo, sentimento de inutilidade, necessidade de controlar o ambiente, pensamento inflexível, espontaneidade social limitada, iniciativa e expressão emocional reprimidas.
A psicoterapia propicia espaço seguro, clima terapêutico de respeito e confiança para que o paciente possa compartilhar seu mundo interno, entender os significados dos sintomas e encontrar outras expressões para eles. Nessas pessoas, a identidade não está bem estruturada e o ego mostra-se frágil, resultado de experiências arcaicas do desenvolvimento, que provocaram uma perturbação do ego em estado nascente. Com essa compreensão, a psicoterapia enfatiza o trabalho com a regulação da auto-estima, promovendo o resgate da história pessoal e respeito por si mesmo. O psicoterapeuta tem a função de auxiliar a manifestação do mundo subjetivo, e, principalmente, ajudar o paciente na identificação de seus sentimentos, na compreensão do significado da experiência emocional vivenciada, ampliando assim sua tolerância afetiva.
Na psicoterapia de grupo os participantes são estimulados a relatar sobre os temas relevantes em sua vida e discutir suas preocupações, o que traz à tona sentimentos e pensamentos relacionados a vivências presentes e passadas. Nesse processo o paciente defronta-se com situações de sua realidade pessoal e também das relativas aos outros participantes. As comparações que surgem através da observação da problemática alheia, expressa por opiniões, sentimentos, comportamentos e atitudes, podem contribuir para melhorar o conhecimento e a compreensão pessoal, fazendo surgir uma nova visão de si mesmo e do mundo, corrigindo distorções relativas a características próprias e gerando maior aceitação pessoal.
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