Sufrágio para as Mulheres
(Adérito Tavares)
Em 1903, iniciou-se em Inglaterra um movimento sufragista feminino e militante, sob a direcção de Emmeline Pankhurst e da sua filha Christabel.
Esse movimento denominou-se, União Social e Politica das Mulheres, e dedicava-se ao processo dos direitos das mulheres, particularmente á obtenção do direito de voto, pois nesse tempo nenhuma mulher inglesa tinha direito a votar nas eleições.
As sufragistas, como foram chamadas, lançaram uma campanha terrorista lançando fogo a residências, estações de caminho-de-ferro e marcos de correio, prendendo-se a correntes em lugares bem visíveis, levando a cabo um continuo programa de perturbação dos discursos políticos.
Em 1914, quando começou a 1ª Guerra Mundial, a União dedicou todo o seu esforço á guerra, desistindo das actividades militantes.
Em 1918, as mulheres com mais de 30 anos obtiveram o direito a voto e dez anos mais tarde essa idade mínima baixou para os 21 anos.
Nos EUA, tiveram lugar actividades parecidas dirigidas por Lucy Stone. Alguns estados já permitiam que as mulheres votassem, mas só em 1920, todas as mulheres americanas o puderam fazer.
Na Comunidade Britânica, a nova Zelândia, dera-lhes esse direito em 1893, a Austrália em 1902 e o Canadá em 1917.
No continente Europeu, as mulheres só obtiveram o direito ao voto em França em 1945 e na Bélgica em 1948.
Em Portugal, foi reconhecido o direito de voto ás mulheres diplomadas com cursos superiores ou secundários em 1931, sofrendo esta lei alterações em 1946 e, em 1968, é proclamada a igualdade de voto, mas para as eleições das juntas de freguesia votam apenas “os chefes de família”.
Em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da Constituição, a igualdade de voto é estabelecida em todos os domínios.
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