Mundo DOS ESPIRITOS - O que acontece após a morte do corpo
(Gabriel Flamens)
DIVINO
Divino é tudo que, tendo sido criado diretamente por Deus, constitui o Plano Absoluto da existência.
Divina também é a Substância Simples – Fonte de Vida - que emana do Criador e se propaga em todas as direções, enchendo todos os espaços.
Esta Divina Fonte de Vida, ao atingir determinado nível de afastamento do seu ponto de origem, adquire condições para se modificar, parte dela se modifica para criar tudo que existe no plano material.
Este entendimento decorre da leitura de obras de Gabriel Flamens, sendo que a publicada pela editora Biblioteca 24 X 7 com o título “Mundo dos Espíritos”, apresenta uma narrativa em forma de diálogo, que demonstra a realidade em que se encontram os seres espirituais, tanto os que atuam no plano absoluto, como no plano relativo da existência.
Confesso que tive dificuldade para construir um entendimento claro do que é plano absoluto e plano relativo da existência, mas finalmente cheguei à conclusão que o plano relativo se refere ao mundo material, fenomênico, palpável, mensurável e, por isso mesmo, perfeitamente compreensível de forma racional e lógica.
Mais importante do que chegar a essa conclusão, foi ter adquirido a certeza de que tudo pertencente ao plano relativo pode ser modificado pela ação do homem, seja através da ciência, da tecnologia ou do adestramento instrutivo e educacional.
Também me ficou claro que o principal ponto que diferencia o plano relativo do plano absoluto, é que tudo pertencente ao plano absoluto (Divino) o homem não tem poder para modificar. Tudo neste plano simplesmente é, e não se modifica porque alguém o explica, qualifica ou engrandece, atribuindo-lhe poderes, dons ou qualificações enobrecedoras.
Tudo do plano absoluto simplesmente é, repito, e é o limite além do qual o homem não pode passar, até porque se o fizesse se depararia com o Criador, adquirindo a condição de pureza absoluta, religando-se ao Pai.
Isto só é possível à parte Divinal de cada um, à Centelha Divina ou, para aqueles que preferirem, ao Espírito que se integra no corpo do recém nascido no momento em que este se separa da mãe com o corte do cordão umbilical.
Ainda me ficou claro que Divinos também são os seres criados diretamente por Deus que nos acostumamos a denominar Espíritos, tanto os que permanecem em condições de pureza absoluta, como os que se integram num corpo humano e sofrem as limitações deste.
O Espírito encarnado (Divinal Pessoal) é o elo de ligação do homem com o Divino, recebendo esclarecimentos e ajuda dos espíritos que se mantêm na condição de pureza absoluta, assim como pode se deslocar do corpo que habita e penetrar no plano absoluto, acompanhado pela parte de natureza não material da consciência do corpo que habita, e obter o conhecimento que procura diretamente na fonte de origem.
O livro “Mundo dos Espíritos – o que acontece após a morte do corpo” sustenta que não existe condenação eterna nem perdão dos “pecados”, demonstrando através da digressão do autor pelo plano absoluto, que todos terão de “pagar” pelo mal que praticarem deliberadamente .
Os exemplos de atuação do Divino junto aos homens são tão numerosos que não disponho de espaço para citá-los. Por isso, vou me restringir aos seguintes:
• O feixe luminoso que envolve as mãos do sacerdote e se propaga, envolvendo também a criança durante o batismo;
• O mesmo feixe luminoso que durante a comunhão envolve mãos e hóstia e se direciona para os fiéis que estiverem comungando.
• A citação atribuída a Moisés diante da Sarça que ardia sem se queimar: “Deus é”;
• A iluminação da mente humana pela luz que emana continuamente do componente divinal de cada pessoa.
• A cura de enfermos através da imposição das mãos, quer este ato seja praticado por sacerdotes ou sacerdotisas de qualquer credo, freiras, fiéis fervorosos ou pessoas comuns que, sentindo como suas as dores do semelhante, se doam pelo mesmo, evocando a intercessão do Divino e entre suas mãos e o enfermo exista um feixe luminoso.
• A Substância Simples que emana do Criador ao se modificar para criar vida material, seja para dar origem a um novo ser diferente de todos os que já existem, seja para reconstituir um corpo denso danificado pela morte de algum dos seus componentes, como as células humanas destruídas por um corte cirúrgico ou um acidente.
O autor ainda sustenta que a Alma (Substância Simples que se modifica para dar origem aos corpos materiais) e Espírito não são a mesma coisa. Isto permite fazer uma analogia com a água e o peixe: a água corresponde à Alma e o peixe corresponde ao Espírito , de vez que o peixe habita e se move através da água, mas não é água.
Resumos Relacionados
- Alma (parte Um)
- Bem Maior
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- Www.filoev.com.br
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