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A poesia lírica cultista e conceptista
(Antonio Guerra)

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Em meados do século XVII, o aragonês Baltazar Gracian, teorizou na sua obra “Agudeza e Arte de Ingenio”, os princípios do cultismo e do conceptismo, a que obedecerá uma parte importante da poesia barroca em Portugal.
O cultismo, consiste em traduzir, por meio de palavras, efeitos de brilho e surpresa, resultantes da evocação de objectos raros e luminosos.
O conceptismo resulta também de um afastamento deliberado do real, produzido por jogos de conceitos que originam paradoxos.
A tendência para a procura do extraordinário no domínio da expressão e para a criação de paradoxos que expressam estados de alma e sentimentos em si mesmo contraditórios tem origem no lirismo tradicional, por exemplo, nas cantigas de amor, em que o amador exprime as contradições intimas a que o leva o amor pela sua senhora e na poesia de corte, representada no Cancioneiro Geral, em que os temas são muitas vezes fúteis e se desenvolve o culto da expressão rara.
Estas tendências, sobretudo a primeira, estão também presentes em Camões, mas subordinadas a uma expressão poética própria que ultrapassa o simples desejo de “dizer” ou de causar estranheza.
No século XVII, ao contrário, desenvolvem-se até ao extremo, e são acompanhadas pela futilidade dos temas. Como exemplo fica o poema “Ao menino-Deus em metáfora doce”, em que, como o titulo indica, a exaltação do Menino Jesus é feita através da comparação sistemática com elementos e produtos de doçaria.
No final da época barroca, os poetas portugueses estão dominados pela estética de Luís de Gôngara, em que estão presentes todas as tendências apontadas.



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