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Leis Morais/Esmola e Caridade
(Rodolfo Calligaris)

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Para ser caridoso deveremos utilizar o poder, a inteligência, o sentimento de bondade e perdão, que porventura já possuimos, para reerguer, estimular, perdoar, ensinar, compreender e amar os nossos imãos em humanidade, que, de alguma foma re relacionem conosco, ou até onde possamos alcançar: incluindo com ênfase, os nossos familiares.

Muitas pessoas alegam não poderem ser caridosos, pela escassez de bens, como se a caridade fosse apenas dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus e proporcionar um teto aos desabrigados. Essa é a caridade material, porém, além dela há a caridade de ordem moral, que nada custa em moedas e, não obstante, é a mais difícil de ser praticada.

Estaríamos praticando a caridade se, fazendo bom uso de nossas forças mentais, vibrássemos ou orássemos diariamente em favor dos enfermos, tristes ou oprimidos, sem excluir aqueles que porventura se considerem nossos inimigos. Se fechássems os olhos para não vermos o sorriso desdenhoso ou o gesto de desprezo de quem se julgue superior a nós. Se, com sacrifício de nosso valioso tempo, ouvíssemos, sem pressa, o infeliz que nos deseja confiar seus problemas íntimos, embora sabendo de antemão que nada poderemos fazer por ele, além de dirigir-lhe algumas palavras de carinho e solidariedade.

Sendo surdos quando alguém, habituado a escarnecer de tudo e de todos, nos atingisse com expressões irônicas ou zombeteiras, disciplinando nossa língua, para só nos referirmos ao que existe de bom nos seres e nas coisas, sem jamais suspeitarmos mal de nossos semelhantes, abstendo-nos de expender qualquer juízo apressado e temerário contra eles, mesmo entre os familiares.

Se nosso irmão intenta cair em erro, o aconselhassemos a tempo, de não levar a ideia avante. Se se, privando-nos, de vez em quando, do prazer de um programa radiofônico ou de T.V. de nosso agrado, visitássemos pessoalmente aqueles que, em leitos hospitalares ou de sua residência, curtem prolongada doença e anseiam por um pouco de atenção e afeto. Seríamos caridosos se tomássemos, sempre, a defesa do fraco e do pobre, contra a prepotência do forte e a usura do rico, embora nos prejudicássemos.

Seríamos caridosos se, pudéssemos manter permanentemente uma norma de proceder sereno e otimista, procurando criar em torno de nós uma atmosfera de paz, tranquilidade e bom humor. Se, vez por outra, endereçássemos uma palavra de aplauso e de estimulo às boas causas e não procurássemos, ao contrário, matar a fé e o entusiasmo daqueles que nelas se acham empenhados. Se, deixássemos de postular qualquer benefício ou vantagem, quando verificássemos haver outros direitos mais legítimos a serem atendidos em primeiro lugar. Se, vendo triunfar aqueles cujos méritos sejam inferiores aos nossos, não os invejássemos e nem lhes desejássemos mal. Se, não desdenhássemos nem evitássemos os de má vida, se não temêssemos os salpicos de lama que os cobrem e lhes estendêssemos a nossa mão amiga, ajudando-os a levantar-se e limpar-se.

Estamos longe de possuir a verdadeira caridade! Somos, ainda, bastante egoístas e sem espírito de renúncia para praticá-la. É urgente, porém, que a exercitemos, que aprendamos a dar ou sacrificar algo de nós mesmos em benefício de nossos semelhantes, porque a caridade é o cumprimento da Lei da Vida.



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