Histórias para a infância
(Isabel Andrea)
Podemos considerar a origem dos contos anterior ao nascimento das civilizações históricas. Podemos crer que quando começaram se dirigia a todos e não especificamente às crianças e começaram por passar de geração em geração por via oral e que de tempos em tempos se manifestavam na literatura escrita sob a forma de adaptações. Nunca se apresentava a história que se contava como verddeira, nem como falsa.Evocava-se um tempo por vezes irreal e longínquo, nascendo daí talvez a maneira sempre igual de começar... Era uma vez... Distinguem-se três tipos de contos tradicionais; Os contos Maravilhosos (de fadas, principes, bruxas ou ogres), os contos de Animais (que frequentemente denotam marcada intenção politica, ou moral) e ainda os contos de "Mal dizer" . Nestes contos brinca-se com algumas caracteristicas das personalidades ao mesmo tempo que também podiam surgir criticas socioprofissionais, habitantes de uma qualquer região ou indiduos distintos por carácteres rácicos e sexuais de vária ordem.
Fala-se correntemente nos Contos de Grimm ou de Perault imaginando-se em consequência, que se conhecem os autores dos contos mais difundidos.Devemos não perder de perspectiva que o nome atribuido a qualquer recolha de contos não é senão o dos seus adaptadores ou compiladoresque, por múltiplas razões, recolheram ou trabalharam as histórias que sempre foram contadas. Por exemplo, a célebre "Gata Borralheira" teve a sua pimeira edição por escrito na China durante um qualquer ano do século IX A.C. (segundo B. Betelheim na pag 296 da "Psicanálise dos Contos de Fadas").
O contador tradicional, não recitava textualmente estas histórias de forma sempre igual, inventava e deformava-as constantemente ao sabor dos gostos de quem o escutava. Daí a miríade de motivos, a multiplicidade de versões mais ou menos diferentes que podemos encontrar de praticamente todos os contos tradicionais.
Na antiguidade, os contos maravilhosos, hoje esplicitamente para a infância, tinham outro carácter. Eles eram o reflexo das superstições, das crenças e esperanças populares. Naturalmente que se falaria então muitas vezes em justiça e vingança. E provávelmente, não tanto como parece, de bondade e piedade.
E se bem que a sua influência na redefinição dos critérios morais, não tenha atingido nos meios rurais pobres o mesmo esplendor que nas cidades, muita rapariga pobre desposou perfeitos cavaleiros sobre a sua influência, graças, é claro, às suas também perfeitas qualidades de espirito e coração.
Muito antes já os contos impregnados de crenças arcaicas (politeismo, animismo, culto dos animais...)
se moldaram prfeitamente à cristianização que de lentamente vencedora.
Ao texto relativamente breve e aparentemente simples, distinguindo claramente os bons dos maus, desenrolando uma acção colorida e movimentada, o Conto Maravilhoso alia o discurso regular, caenciado, que o torna fácil de seguir e apreender.
Rápidamente as crianças formaram o auditório mais compacto. O herói, em nítida desvantagem de início, acaba sempre por obter a vantagem decisiva sobre o outro mais poderoso. Talvez dizendo ser esta justamente a situação de uma criança no mundo dos adultos, possamos entender melhor porque se tornou, quando havia Contos, tão pouco emocionante jogar ao berlinde.
O Conto privilegiando as relações de preferência, fraqueza e poder, aborda as preocupações mais constantes no que concerne à segurança e situação e situação no seio dos outros. A criança simpatiza com quem lhe promete, qualquer dia, uma boa vitótia.
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