Importância económica das algas
(Adelaide Silva)
As algas têm uma grande importância económica. A partir de diversos tipos de algas extrai-se uma ampla variedade de materiais gelatinosos, por exemplo o ágar-ágar e as alginas, que são utilizados no fabrico de diversos tipos de alimentos e em cosmética. Em algumas costas, em particular nas ilhas, o gado bovino e ovino, é alimentado tradicionalmente por algas marinhas durante certas épocas do ano. Em vários países são usadas as algas castanhas, secas e prensadas, como suplemento alimentício animal.
Outra utilidade das algas é o seu emprego como fertilizante em terras de cultivo. Eram tradicionalmente reunidas nas praias depois das marés altas que seguem ás tempestades e que arrancam as enormes algas castanhas, deixando-as em grandes quantidades nas costas.
A indústria moderna de fertilizantes, emprega tipos similares de algas, mas estas são previamente hidrolisadas, para se extrair um líquido que pode ser mais manejável que a alga na sua forma completa. Este líquido contêm uma grande quantidade de nutrientes, bem como de matéria orgânica.
As algas marinhas são utilizadas com frequência para a extracção de substâncias químicas. As castanhas eram colhidas nas costas e deixavam-se secar espalhadas pelo solo durante uns dias. Depois, eram queimadas em covas abertas com pedras ou em simples fornos. As cinzas resultantes com o nome de “kelp” na Europa, continham uma elevada concentração de sais de sódio e potássio, e eram usadas, sem outro tratamento, no fabrico de vidro e porcelana. No início do século XIX, descobriu-se que a cinza, também continha uma pequena percentagem de iodo, entre 1 a 4%, e esta substância era extraída das cinzas mediante um tratamento posterior.
Em muitas comunidades marítimas de todo o mundo, uma grande variedade de algas marinhas era usada alimento de consumo. Uma das espécies mais usadas é a alga vermelha “Porphyra”.
As algas castanhas são comidas principalmente no Japão, onde são aproveitadas várias espécies de “Laminaria”.
Em comparação com as algas vermelhas ou castanhas, as algas verdes são menos utilizadas na alimentação, mas em diversos países as algas do género “Ulva” são usadas em saladas.
As algas podem também causar graves problemas, pois algumas espécies, principalmente dinoflageladas, podem provocar marés vermelhas, que tanto podem conter toxinas como turvar a água, alterando a sua transparência e limpidez.
As diatomáceas e as algas verdes podem crescer também nos depósitos de água, bloqueando os filtros e crescendo, literalmente, nas estruturas dos mesmos.
Nos rios e arroios o processo de enriquecimento artificial como consequência de descarga de esgotos e dos resíduos de fertilizantes das terras de cultivos, aumenta o crescimento das algas. Densos emaranhados das algas “Clarophora” podem bloquear virtualmente os cursos de água, dificultando a pesca e produzindo incómodos adicionais, como o mau cheiro e a diminuição de oxigénio na água.
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