Resumo de Deuses Americanos

Shadow passa três anos na prisão, e quando sai, busca retomar sua vida cotidiana. Até aí, nada de mais...Nada de mais se não fosse Neil Gaiman escrevendo. Nada é comum nas histórias deste escritor inglês que consagrou seu nome escrevendo para editoras de histórias em quadrinhos.
Espalham-se pelas páginas, personagens que vamos reconhecendo aos poucos, deuses mortos e esquecidos, que Neil ressuscita com a maestria de quem já tinha realizado tal feito com Sandaman, personagem de histórias em quadrinhos.
Neil traça situações além da compreensão, que levam o leitor a devorar cada página tentando entender que rumos seguem todas aqueles personagens de conto e fadas. Só que Gaiman não se apraz em contar "contos de fadas" no mundo lírico do reino azul e rosa, mas traz a tona o lado perverso de deuses esquecidos, deuses adormecidos, deuses caídos, deuses desgraçados, mas mesmo assim, deuses quais, ora você odeia, ora você ama e chora.
É isso que faz de Deuses Americanos figurar entre os bons livros da literatura moderna. Sem clichês, sem apelações baratas, Neil traça o perfil cultural que se instalou na América do norte a partir dos imigrantes que partiram de vários lugares da Europa, carregando na bagagem suas crenças e suas tradições, e seus deuses, a principio infalíveis em seu lar, mas perecíveis em terras estranhas.Aqui na América moderna, não se sabe em que valores acreditar, e os deuses de Gaiman se dividem entre consagrar seu poder e tentar arrematar os rebanhos que lhes tolheram da memória.
O que aconteceu com estes valores ao passar dos anos, é o cerne da história de Gaiman; deuses e homens, homens e deuses...Somos ambas as coisas, mas qual parâmetro moral é correto? O que é certo e errado nas atitudes de quem acredita que seus valores é que são os melhores para si e os outros? Isto tudo faz de Deuses Americanos muito mais que um livro de ficção, pois está nas entrelinhas a história voraz da América do norte. História que Neil conduz com consciência de quem domina as palavras e os fatos. Conta uma história norte americana sem esbarrar no caminho fácil do panfleto, ou no lugar comum de tirar partido. Ele faz o que um bom escritor sabe fazer: Escrever uma boa história.

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