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Modernismo
(Hellen Ferraz)

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MODERNISMO BRASILEIRO: POESIA E PROSA

Início do século XX. Surgem novas tecnologias, que ao mesmo tempo encantam e amedrontam. Explodem pelo mundo as propostas de reforma social radical, de inspiração socialista ou fascista. Eclode a Primeira Guerra Mundial. O cenário ocidental é varrido por uma série de ismos, que negam os valores vigentes de beleza e perfeição formal: Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo, Expressionismo... Está nascendo uma nova concepção de arte e literatura.

A VIRADA DO SÉCULO
A virada do século XIX para o século XX é marcada por importantes transformações tecnológicas. A eletricidade, o automóvel, a fotografia, o cinema, o aperfeiçoamento das técnicas de reprodução de livros, revistas e jornais começam a modificar qualitativamente a vida do homem urbano, redefinindo-lhe a percepção, o olhar e até as possibilidades de recepção do texto escrito.
Do ponto de vista estético, a revolução modernista joga por terra o conceito da arte como imitação, quer do mundo objetivo, quer do mundo subjetivo. Para essa virada radical no pensamento, contribuíram várias correntes de pensamento, originárias de diferentes campos do conhecimento: psicanálise, filosofia, física, ciências políticas.
A Teoria Psicanalítica de Freud introduz com a existência do inconsciente: as ações do ser humano surgem de um lugar chamado inconsciente, onde se pode chegar somente através dos sonhos.
A Filosofia da intuição de Bérgson afirma que a intuição é o tipo de conhecimento através do instinto humano e não do pensamento.
O existencialismo de Sartre prega que, antes de sermos um ser pensante, somos um organismo biológico e também traz a idéia de que “o homem é condenado a ser livre”. Apesar de a liberdade ser um bem maior para o ser humano, para Sartre, nós estamos condenados a sermos livres, tomar nossas decisões e apelar para o certo ou errado, o bem ou o mal, de acordo com nosso livre arbítrio. Para Sartre, viver aos comandos de outro é mais cômodo.
A Teoria da Relatividade de Einstein abriu novos pensamentos sobre novos mundos, mundos microscópicos que antes não existiam para o conhecimento humano.
O Materialismo histórico de Engels e Marx trouxe o pensamento de que é a condição histórica que produz as idéias e não ao reverso.

VANGUARDAS EUROPÉIAS

Nos últimos anos do século XIX, o mundo experimentou modificações profundas no campo da Literatura essas modificações acarretaram várias tentativas de ruptura com o passado. Essa ruptura manifestou-se, a princípio, de maneira violenta e destruidora. A guerra de 1914; o aparecimento da psicanálise de Freud e as rápidas modificações em certos padrões no campo da Técnica foram as principais causas das mudanças ocorridas na arte em meados do século XX.

Expressionismo (Alemanha 1908) -> constrói sua arte a partir da deformação do natural, da distorção grotesca da realidade, criando uma atmosfera de pesadelo e irrealidade.
Cubismo (França – Apollinaire 1905) -> Reduz todos os objetos a formas geométricas simples. Multiplicação de planos e focos.
Futurismo (Itália – Marinetti 1909) -> parte em busca de uma linguagem inteiramente nova e inusitada, simplista em toda linha, já que é construída à base de interjeições, além de inteiramente antigramatical.
Surrealismo (França – Breton 1924) -> Arte como expressão do inconsciente; ausência de toda a fiscalização exercida pela razão; Rebeldia contra lógica e o racionalismo; inspiração nos estudos psicanalíticos de Freud e nos sonhos.
Dadaísmo (Suíça – Tzara 1916) -> Anti-arte, anti-literatura; agressividade e ceticismo; “o melhor sistema é a ausência de sistemas”.

Toda a literatura modernista é composta de duas fases: a primeira é representada por todos os movimentos inovadores do início do século e caracteriza-se basicamente pelo rompimento com o passado, com o tradicional. Já a segunda fase, é uma fase de construção, um período em que se cria realmente a nova estética, um período literário de maior tranqüilidade.
O modernismo, em sua fase de construção, aproveitou certas experiências do passado, principalmente do ROMANTISMO, REALISMO E SIMBOLISMO, renovou-se com as experiências do período de destruição, tornando-se uma estética de feição homogênea e caracterizando-se como um movimento diferente dos demais.

A SEMANA DE ARTE MODERNA

No Brasil, nossos primeiros modernistas, realizaram em São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro, um festival de três recitais, em que expõem ao público as novas idéias e formas de expressão artística. Foram conferências doutrinárias (Graça Aranha, Ronald de Carvalho e Menotti del Picchia), leitura de poemas e textos em prosa (Manoel Bandeira, Guilherme de Almeida, Rubem Couto, Plínio Salgado, Oswald de Andrade), apresentação de músicas de Villa-Lobos e Ernani Braga, recital da pianista Guiomar Novais, exposição da pintura de Anita Malfatti, Ferrignac, Almeida Prado , John Graz, Martins Ribeiro, Vicente do Rego Monteiro e Zina Aita e da escultura de Victor Brecheret e Haerberg. Os artistas enfrentaram entre vaias indignadas, um público afeito aos suspiros românticos, à elegância marmórea parnasiana e, quando muito, à penumbra misteriosa dos simbolistas.



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