As falaciosas teorias de José Saramago
(Vitor Century)
O aborrecimento tem origem na falsa igualdadeO mundo, para o cérebro é como ele o pensa, sempre diferente, novo ou divertido, e por cima de como eu o pressinto ou revejo sempre aborrecido; nunca será pois como eu o sinto, porque o vejo. Às vezes quero pressentir esse mesmo difícil mundo como gostava de o sentir, muito para além da maneira habitual como já o vi; ou seja para além de visto e revisto aborrecido aparentemente sempre o mesmo, por força ilusória contínua de insinuação ultra repetida e sugestão exterior fácil volátil, que também não deixa de o ser a todo o momento; por isso esse preferido pressentir não ser quase sempre como é: cansativo, rude ou duplamente aborrecido, ou feito de significados antecipados no tempo e pré reacções ambivalentes ultra reconfirmadas, iguais ao baixo ver, consequência do sentir, de qualquer outro normal indivíduo ou animal inteligente. O sentir igual o mundo é uma forte auto influência psicológica tácita, pelo facto de se pressentir, num sofisma, ver o mesmo como sentido igual por outrem; não é pois um fenómeno neurológico individual; logo é falso e surreal que o mundo se possa pensar igual, porque se vê e sente igual.Eu penso o mundo quando estou aqui e agora; e sei que sentirei de outra forma esse mundo desigual quando estiver ali, ou acolá, ou noutra ocasião, porque aí o mundo também não será igual ao que está aqui agora, mantendo-me em “coerência” com o tempo e o lugar onde estou, sinto e vejo, logicamente em afastado da “discordância” com o que virtualmente possa ver e sentir se estiver eu noutro lugar ali ou acolá daqui a pouco, mais logo, amanhã. Os outros não pensam o mundo da mesma maneira do que eu, se estivessem aqui e agora, porque sei que se auto iludem, interrogam e fecham sobre a forma de como é que eu o penso, pensando precipitadamente por uma falácia, que o penso de forma igual a eles; mas também logo contra reajo algo indiferente ao sentir como o sentem e vêm igual a mim, quando estiverem aqui, ali ou acolá. A propósito das falaciosas contradições de SaramagoEmbora imprudente, é esta falsa igualdade transitória trocada de contágio mútuo meteórico com outrem, coincidente de igual sentir auto insinuante, que se sobrepõe duplicando o que já sinto, mas que me esqueço lembrar que não penso, no momento oportuno desse aqui e agora; a qual me aborrece sentir e ver igual noutrem, tal como “o mesmo” aborrecimento sobre o mundo, sentido e “entornado” por Saramago, quando escreveu filosofia usando e abusando de rudes anedotas, promovidas à condição cínica fechada de quase “verdade” científica inovadora, pela vaidade macro social que o divulgou, mas na prática revestida de ingénua irreverência particular para auto satisfação do seu ego, depois de ter amputado antes diferenças às formas de pensar doutrem. Saramago, são três críticos auto projectados de Saramago, pré divididos em simultâneo e posteriormente reunidos por si mesmo num único, numa aparente coerência intelectual: o que vê aqui, sente agora e não pensa; o que não vê ali amanhã, e pouco pensa; o que pensa sem discórdia acolá depois de amanhã pensando por falsa conclusão que pensaríamos igual a ele.Constituiu-se numa frágil proibição intelectual provocatória ao querer interpretar-se num lugar fora do tempo dum tabu situado “acolá”, depois de amanhã, ontem ou hoje; que não pensou em nada de novo, para mudar o malogrado e aborrecido mundo, que alguém anónimo do mesmo não tivesse sentido e visto já.O estilo de denúncia do mal, com relatos de dramas e tragédias, mil vezes repetidos ate `a exaustão, praticado pelos escritores bíblicos, fez enorme confusão e perplexidade a José Saramago; ou seja para apelar e mentalizar para o bem foi necessário repetir aquilo que se fez de mal, ´e assim tido em conta a eventual condição de frágil imaginação e memoria daqueles a quem a mensagem se dirige.Na idade contemporânea, esse estilo também ´e seguido: para se inculcar noutrem uma ideia qualquer, quer seja a um aluno do ensino básico, quer seja na publicidade, recorrendo-se `a repetição do conteúdo, tal como foi feito na Cartilha Maternal de João de Deus, para ensinar as letras do alfabeto.Saramago põe em relevo esse estilo de denúncia, o qual critica omitindo o objectivo da mensagem, ou seja: se o mal foi mal anunciado, ´e inútil a prática do bem; na sua análise troca o fundamental pelo acessório, havendo sempre desculpa para o mal.A forma de atacar os escritores bíblicos, consiste em criticar os métodos usados, e por essa via, destruir os fundamentos daquilo que disseram.Incluindo em retrospectiva a reserva moral dos “10 Mandamentos”, que são recuperados pelos escritores bíblicos. Onde Saramago marca pontos, ´e na ideia de que aqueles que deveriam seguir religiosamente os mandamentos, se comportam na pratica como se nunca os tivessem lido.Vitoralmeida.bubok.pt - 18 Julho 2010
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