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Os Lusíadas - Proposição
(Luís de Camões)

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Na Proposição, correspondente às três primeiras estrofes do Canto I, o poeta indica o assunto global da obra.  Com efeito,  na primeira estrofe, Camões propõe-se a cantar, ou seja, a glorificar em verso, "as armas e os barões assinalados"- os feitos guerreiros e os homens ilustres - que "da ocidental praia lusitana" - Portugal, "Por mares nunca de antes navegados / Passaram ainda além da Taprobana" - descobriram novos caminhos marítimos e passaram para lá do actual Sri Lanka. Homens estes que apesar dos "perigos e guerras" superiores à "força humana", conseguiram edificar um novo reino entre "gente remota", reino esse que "sublimaram" - valorizaram com a sua presença. Nesta primeira estrofe, assinala-se a nível estilístico, a sinédoque "Ocidental praia lusitana", pois toma-se a parte - praia - pelo todo - Portugal; o valor do advérbio de negação "nunca" em "Por mares nunca de antes navegados" que enfatiza os feitos marítimos dos portugueses; e a hipérbole " Mais do que prometia a força humana", pelo exagero que lhe está subjacente e que sublinha, uma vez mais, a excelência do povo português. Na segunda estrofe, o poeta indica que se propõe também cantar as "memórias gloriosas / Daqueles reis que foram dilatando / a Fé, o Império, e as terras viciosas / de África e de Ásia andaram devastando, ou seja, a história dos reis responsáveis pela difusão da fé e pela expansão do Império em África e na Ásia entre os povos não católicos. Por último, Camões propõe-se a cantar todos "aqueles que por obras valerosas / Se vão da lei da morte libertando", ou seja, todos aqueles que se distinguiram em vida pelos seus feitos e que, como tal, não poderão cair no esquecimento - "lei da morte". Nesta segunda estrofe, Camões confere ao seu poema uma universalidade própria do Renascimento e do Humanismo que não encontramos nas epopeias clássicas gregas, "Odisseia" e "Ilíada" ou romana, "Eneida", pois todas tratam apenas de glorificar os feitos de um herói, ao passo que Os Lusíadas são a História de um povo, os portugueses. A segunda estrofe termina com o desejo do poeta em espalhar a história dos portugueses "por toda a parte" desde que tenha sempre "engenho" - talento - e "arte" - eloquência. Na terceira e última estrofe da Proposição, o autor pede que se deixe de dar importância ao "sábio Grego" - Ulisses - e ao "Troiano" - Eneias - protagonistas das epopeias clássicas "Odisseia" e "Eneida", respectivamente. Pede, também que se relegue a fama de "Alexandro" - Alexandre, o Grande - e  de "Trajano" - imperador romano - para segundo plano, pois ele, Camões, canta "o peito ilustre lusitano" - os portugueses, "A quem Neptuno e Marte obedeceram" - que venceram no mar (Neptuno) e na guerra (Marte). Assim, Camões exorta a que "cesse tudo o que a Musa antiga canta",  pois "outro valor mais alto se alevanta" - os feitos dos portugueses. A nível estilístico,  assinala-se a utilização sistemática do modo imperativo que confere maior força às exigências do poeta e a sinédoque "peito ilustre lusitano", em que se toma a parte "o peito", pelo todo - os portugueses.



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