BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Luís DE CAMÕES - CLASSICISMO PORTUGUÊS - COMENTÁRIOS - SONETO
(LUÍS DE CAMÕES)

Publicidade
SONETO: "Busque o Amor novas artes, novo engenho".

Busque o Amor novas artes , novo engenho,
para matar-me, e novas esquivanças;
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n'alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como, e dói não sei por quê.

In Rimas. Edição de A. J. da Costa Pimpão.
Coimbra, Atlântida Editora, 1973.

No primeiro quarteto do soneto (poesia de forma fixa, de origem italiana que significa - pequeno som - sendo composta de quatorze versos, divididos em dois quartetos e dois tercetos) o poeta fala da busca (incessante) do Amor (maiúsculo) e que, o mesmo, está sempre a procurar maneiras de vencer, ou seja, de encontrar novos adeptos; pois está sempre a imaginar novos meios (arte= eloquência) para convencer, magnetizar, escravizar todo aquele que não tiver amado, isto é, todo aquele que não quer se submeter ao poder do Amor, mas continua a ter esperanças de um dia o encontrar, por méritos próprios e de maneira indolor...
No segundo quarteto (conjunto de quatro versos), ele fala das esperanças que tem (de encontrar o Amor, ou fugir dele), diz que sua segurança para resistir é mínima ("perigosa") e que mesmo que enfrente o amor ("bravo mar") e venha a perder a direção, não temerá os contrastes e nem mudanças de direção, mesmo que tenha perdido todo o sentido, continuará firme em sua decisão favorável ao encontro do Amor...
No primeiro terceto (estrofe de três versos) diz, mesmo que não haja desgosto, onde não houver esperança, neste local é que se esconde o Amor ("um mal") que "mata", mas aquele que ama permanece "vivo" e ninguém vê...
Na conclusão do segundo terceto e de todo o poema, percebe-se toda a genialidade do poeta: há dias em que a alma está intranquila, e ninguém consegue explicar de onde vem essa intranquilidade, intranquilidade que dói, e não se sabe por quê.



Resumos Relacionados


- Luís De CamÕes - Classicismo PortuguÊs - ComentÁrios - Soneto

- Textos Comentados Da Literatura - Poesias - Soneto De Fidelidade

- Mensageira Das Violetas

- Poema: Amor é Fogo, De Luís De Camões

- Sonetos



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia