Frei Luís de Sousa
(Almeida Garrett)
Na malograda batalha de Alcácer-Quibir, desapareceu o Rei D. Sebastião, deixando o trono sem herdeiros o que deu asas a uma larga disputa que culminou com o um reinado espanhol. Entre os vários nobres também desaparecidos estava D. João de Portugal. Deixando sua esposa Madalena de Vilhena, que esperou o seu regresso durante sete longos anos até que decidiu dá-lo por morto e casar novamente com D. Manuel de Sousa Coutinho.
No entanto, a incerteza da morte do marido, pois nenhuma prova existia da mesma, fazia com que D. Madalena não esquecesse o receio de que o marido voltasse vivo um dia. E as suas angústias eram alimentadas pelo fiel escudeiro de D. João, Telmo Pais, que não a fazia esquecer que amo poderia voltar e que devido ao seu amor pela criança Maria temia pelo que lhe aconteceria se os seus receios se confirmassem. Maria de Noronha, é filha do segundo casamento de D. Madalena, e a sua saúde é fraca, sofre de tuberculose, o que desperta grande atenção por parte de seus pais e do seu amigo escudeiro. Ele conta-lhe as histórias sobre o Rei D. Sebastião e como o povo espera a sua volta para que o império português seja renascido. Ela acredita e espera pacientemente, só não entende o desagrado da mãe quando se toca no assunto de que o rei poderá voltar. O facto do rei poder voltar e com ele trazer D. João atormenta D. Madalena.
No entanto, um dia é feito saber a D. Manuel , pelo seu irmão, Frei Jorge, que deverá hospedar uns governadores espanhóis e para evitar essa afronta, decide incendiar a casa e morar na antiga residência de D. João. O que se torna um acontecimento decisivo para o desfecho final.
Um dia, aparece á porta, um Romeiro que diz querer falar com D. Madalena. Ao ser convidado a entrar conta a sua história e diz trazer uma mensagem de um homem dizendo que continuava vivo. D. Madalena desespera e o Frei pede-lhe se consegue reconhecê-lo no quadros expostos na sala e ele reconhece D. João. O Frei Jorge pergunta-lhe quem é, e ele apontando para o quadro diz que não é ninguém.
Pouco tempo depois o Romeiro encontra-se com Telmo e pede-lhe que vá dizer a D. Madalena que era apenas um truque dos inimigos de D. Manuel, pois ele iria embora para a deixar ser feliz. Entretanto D. Manuel já na Capela prepara-se para tomar o hábito religioso como reparo pelo seu pecado. D. Madalena tenta dissuadi-lo mas termina por segui-lo na sua decisão. Maria que entra na capela e depara-se com a situação, sabe a verdade e fica envergonhada. Telmo é incutido pelo Romeiro para tentar evitar tudo, no entanto, envergonhada pelo seu nascimento, Maria morre nos braços dos pais. Assim, embuídos pela dor e pelo remorço ambos fazem os votos e tomam o hábito, passando D. Manuel por se chamar Frei Luís de Sousa.
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