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Água e Envelhecimento
(Arnaldo Lichtenstein)

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Ao dar aulas a estudantes de medicina o autor costuma perguntar aos alunos quais as causas que fazem o idoso ter confusão mental...
Os palpites são vários, alguns dizem ser tumor na cabeça, outros, que é o mal de alzheimer, etc. E cada negagativa dele, os estudantes ficam cada vez mais espantados. E ficam ainda mais boquiabertos quando ele enumera as causas: “Diabetes descontrolado; infecção urinária; desidratação”.

Constantemente os idosos, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos. Quando estão a sós em casa, desidratam-se com rapidez. A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos (”batedeira”), angina (dor no peito), coma e até morte.

Quando nascermos, 90% do nosso corpo é constituído de água. Na adolescência, essa porcentagem cai para 70%. Na fase adulta, para 60%.. Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento. Mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem. Portanto, os idosos possuem menos reserva hídrica.

Há outro fator que poderá complicar ainda mais; Nós temos sensores de água em várias partes do organismo. São eles que verificam a adequação do nível de água. Quando ele cai, aciona-se automaticamente um “alarme”. Pouca água significa menor quantidade de sangue, de oxigênio e de sais minerais em nossas artérias e veias. Portanto, o corpo “pede” água. A informação é passada ao cérebro, a pessoa sente sede e sai em busca de líquidos. Nos idosos, porém, esses mecanismos são menos eficientes.

A detecção de falta de água corporal e a percepção da sede ficam prejudicadas. Alguns, ainda, devido a certas doenças, como a artrose, evitam movimentar-se até para ir tomar água.

Concluindo: Idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Além disso, para a desidratação ser grave, eles não precisam de grandes perdas, como diarréias, vômitos ou exposição intensa ao sol. Basta o dia estar quente. Aí perde-se mais água pela respiração e pelo suor. Se não houver reposição adequada, vem a desidratação.

Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo. O autor do texo deixa dois alertas: Que os idosos tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Entenda-se por líquidos; água, sucos, chás, água-de-coco, leite. Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, tomar algum líquido.

O segundo alerta é para os familiares: Ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Lembrem-lhes de que isso é vital. E fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção. É quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de desidratação.
Texto de Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).



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