EUA SUPERPOTÊNCIA ALEATÓRIA
Tenho acompanhado de perto o trabalho do Shvoong. Está repleto de participantes indianos. Talvez esteja também repleto de chineses, só que existe a dificuldade do idioma. Talvez os chineses para criarem um destaque, devessem sempre traduzir os seus artigos para o inglês. Desconheço realmente, mas a sensação que tenho é a de que não se consegue traduzir nestes programas de tradução automática (softwares) um idioma com caracteres tão complicados, pois se originam de desenhos e não de sinais gráficos universais como a maioria das outras línguas...
Mas mesmo assim é impressionante como os países que anteriormente (e um pouco ainda) eram a sustentação da mão-de-obra de países do primeiro mundo (geralmente todos eles) estão se interessando pelo aperfeiçoamento técnico e cultural.
Mesmo em atividades de lazer, diversão e assuntos aleatórios diversos, como massagens, moda, estética, etc., estes cidadãos destes países que não constam da seleta lista de Grandes Nações estão sempre se insinuando, mas também... Sempre pelo lado mais profissional e técnico.
No futuro os EUA será um país superpotência em consumo e lazer. Lá continuarão acontecendo as grandes coisas, os importantes lançamentos, as novidades comerciais, só que as atividades de produção geral, desde matérias primas a produtos manufaturados, estarão sendo produzidas nestes outros países que hoje correm atrás das pesquisas e aperfeiçoamentos tecnológicos.
Não que o grande número de interferências culturais notadas no shvoong, (e em outros similares, como wikipédia) signifiquem necessariamente uma afirmação de domínio ou superioridade internacional, mas não deixa de refletir mudanças importantes que estão acontecendo no planeta.
A cultura sempre foi o carro chefe das grandes mudanças. (Lembrem-se da Revolução Francesa que foi uma revolta cultural e mudou o perfil da Europa) Mesmo a Industrialização, que permitiu aos EUA roubar a hegemonia da Inglaterra, o grande líder até os finais do século 19 e a grande potência mundial, na verdade não tem o seu verdadeiro valor na indústria, mas especificamente na cultura que a permitiu.
E os caminhos da globalização apontam para a união de muitas nações, como parceiras em um todo. E neste novo formato de mundo, haverá o investidor, o fornecedor de insumos e matérias primas, o industrial, o atacadista, o atravessador e o varejista.
Para todo este contingente será necessário algumas atividades de consumo e lazer. Os EUA parecem fadados a virar um grande shopping onde os intelectuais, os trabalhadores, os empresários e os religiosos, irão passar horas agradáveis, apenas se empanturrando de fast-foods, brincando em máquinas eletrônicas e assistindo a eventos culturais. Estarão impossibilitados de se dedicar a estas atividades em seus países de origem, pois estarão preocupados demais, com o trabalho duro, os investimentos, a pesquisa tecnológica, o progresso da informática e a produção de manufaturados.
O lindo cavalo branco, sobre o qual sempre esteve montada toda a nação norte-americana, continua garboso, um campeão, com o seu trote seguro e com os seus equipamentos que o enfeitam aos olhos da platéia, só que não está enxergando o obstáculo que está montado logo após uma próxima curva, por trás dos arbustos, e que, se ele não conseguir saltar, serão milhões de norte-americanos que acabarão com a cara na lama. Talvez o magnífico cavalo aponte a sua cabeça por detrás dos arbustos, se levante e continue a sua marcha, como se nada tivesse acontecido, mas o mais provável é que, dentre os milhões de norte-americanos, não haja nenhum mais... nem mesmo com o pé preso ao estribo.
Investidores estão correndo em maça para outros países. Basta que se realizem, de alguma forma, que já querem investir nos países emergentes, nos que pesquisam e dominam novas tendências como combustíveis sustentáveis e menos poluentes. Sem falar que as iniciativas tecnológicas já deixaram de ser uma especialidade APENAS dos norte-americanos, sem precisar falar que, quando estas estão em solo branco/azul/vermelho, provavelmente estão sendo lideradas por profissionais IMPORTADOS, vindos justamente destes outros países.
Autor:
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