Quando Coisas Ruins Acontecem a Pessoas Boas
(Harold S. Kushner)
O rabino Harold Kushner considera, neste livro, que,toda discussão religiosa se concentra na questão do sofrimento. Se Deus existe, porque coisas ruins acontecem a pessoas boas? Porque coisas ruins acontecem afinal? O autor começa por explicar que o seu livro surgiu da dor de ver seu filho, Aaron, morrer de velhice quando ele tinha apenas 14 anos. Quando Arron tinha apenas 3 anos, ele foi diagnosticado com progeria, um condição rara, na qual uma criança envelhece rapidamente. Ao ouvir o diagnóstico, a reação natural do autor foi de raiva e confusão. Ele sempre acreditou que Deus era bom, generoso e justo; mas como um Deus bom, generoso e justo poderia tratar um criança desta maneira? Afim de chegar a uma explicação do sofrimento, que satisfizesse tanto a observação honesta da realidade, quanto a fé em um Deus bom, o rabino Kushner começa por avaliar as explicações para o sofrimento, com as quais ele cresceu e encontrou, quando tentou lidar com a doença e a morte de Aaron, e nenhuma conseguiu satisfazê-lo. Ele percebeu que a maioria das explicações servem mais para desculpar Deus do que explicar o sofrimento; mais do que isso, a experiência mostra que elas são falsas. Um bebê que perambula por um momento, sem ser visto, e se afoga na piscina da família, não aprende com a experiência, ele morre. Nem todas as pessoas que são testadas por Deus passam no teste, algumas ficam arrasadas. Deus não faz todas as coisas direito para aqueles que o servem; às vezes, algumas pessoas morrem antes que Deus possa fazer as coisas direito. Às vezes, os justos sofrem e os mals continuam a florescer. No lugar das explicações, que ele descarta, o rabino Kushner sugere que Deus está limitado, quanto ao que pode fazer, pelas leis da natureza, pela natureza humana e pela liberdade humana. Deus não causa nosso infortúnio, como punição pelo pecado ou para nos testar; ao invés disso, Deus é tão ultrajado por nossos infortúnios, quanto nós mesmos, por que Deus é, em verdade, bom, generoso e justo. O autor sugere ainda que, Deus talvez permite o infortúnio porque, abstendo-se de intervir miraculosamente, Ele abre espaço para que os seres humanos ajam. Ao invés de perguntarmos porrque coisas ruins acontecem, o rabino Kushner cita Dorothee Soelle, que diz que "porque" é a pergunta errada a se fazer, a respeito do sofrimento. A pergunta correta é, na verdade, o que nós podemos fazer com o nosso sofrimento para conferir-lhe significado, para criarmos o bem, do mal que cada um tem de suportar.
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