Humanismo
(Vários)
O humanismo enfatiza a “capacidade dos seres humanos para conscientes fazerem escolhas e agirem livremente” (Payne, 2002: 243). Os princípios desta teoria realçam a capacidade dos indivíduos controlarem o seu destino, permitindo a concretização dos conceitos de igualdade e de democracia. Os modelos da prática que assentam nesta filosofia pretendem salientar a importância dos indivíduos explorarem o significado que dão ao mundo no qual vivem (que experimentam, pelo qual são influenciados e o qual influenciam). Os Psicólogos devem ajudá-los a adquirir as aptidões necessárias a tal tarefa, enfatizando a validade e importância das interpretações dos indivíduos sobre si mesmos.
Algumas influências humanistas fazem-se sentir no que respeita a ideias centradas na pessoa. As ideias centradas na pessoa estão direccionadas para a realização dos potenciais humanos (Maslow, 1954), ao mesmo tempo que uma busca de si (do seu significado na vida) e do seu potencial. Segundo Carkhuff e seus colaboradores (Carkhuff & Truax, 1967; Carkhuff & Berenson, 1977) os trabalhadores devem agir no sentido da honestidade e genuidade, cordialidade, respeito e aceitação, e entendimento empático. Nesta perspectiva, o “outro” é muito importante, na medida em que só podemos experimentar os nossos sentimentos através da relação com ele.
Por seu turno, Rogers (1961) descreve-nos a postura do terapeuta como não directiva, não crítica, envolvendo a “escuta activa” e a “empatia exacta”. A ênfase na unicidade dos pacientes, na importância do “eu”, na procura do crescimento pessoal, e no “aqui e agora” também surge na sua teoria. A Psicologia deve actuar no sentido de capacitar os indivíduos a consciencializarem-se do poder que detêm para a concretização dos seus fins e objectivos.
Referências Bibliográficas :
- Carkhuff, R & Berenson, B (1977). Beyond Counselling and Therapy, New York, Thomson Learning.
- Carkhuff, R., & Truax, C. (1967). “Training in counseling and psychotherapy: An evaluation of an integrated didactic and experiential approach”. Journal of Consulting Psychology, 29, 333-336.
- Maslow, A. (1954). Motivation and Personality, New York, Harper & Row, Publishers, Inc.
- Payne, Malcolm (2002), Teoria do Trabalho Social Moderno, Coimbra, Quarteto Editora.
- Rogers, C. (1961). Tornar-se Pessoa. Porto Alegre, Artes Médicas.
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