Revista Época/Livros/pág.88/13/março/2006
PILANTROPIA
O Estado não tem como fiscalizar se as ONGs trabalham MESMO pelo interesse público. Herbert de Souza, irmão do Henfil, ao criar, e conseguir realizar promocionalmente a Ação da Cidadania contra a Fome, estava fazendo quase como Santos Dumont ao inventar o avião. Cheio das melhores intenções, estava instituindo a confiabilidade e empatia de todas as ONGs do país. No imaginário popular, passaram a representar a trincheira de livre iniciativa da sociedade civil, contra os abusos, descasos e desmandos do governoe das grandes empresas; as Hexacampeãs de causas nobres, dirigidas pelos baluartes do altruísmo, ativistas nobres e dedicados. Mas há uma enorme quantidades destas ONGs, que passam muito longe disso. As entidades privadas dedicadas ao bem público, e que compõem o chamado Terceiro Setor, se propondo a promover mudanças políticas, culturais, artísticas e sociais, dentre outras, encontrou seu espaço na insuficiência dos Estados (com políticos muitíssimo mais preocupados em saber o quanto vai é para os próprios bolsos) em suprir necessidades, até básicas, da população. Há as ONGs que dão o peixe, seguidas das que ensinam a pescar que precedem as que estão preocupadas em adornar o pescado que é servido à mesa (sociedade), mas o pior é as que estão vindo depois, as PILANTRÓPICAS.
As usadas como laranjas para burlar leis de licitações, desviar recursos, obter verbas, propiciar caixas 2 de campanhas eleitorais e enriquecimento ilícito. Ah... há ainda as disfarçadas em defensoras das minorias (ONGs Supermans) aproveitando as reivindicações destes, para achacar empresas e instituições. Claro...Com a intenção declarada (leia-se sutilmente dissimulada) de angariar fundos pela corrupção. São tantos os descaminhos, as sem-vergonhices, as intermediações ilegais, as irregularidades, as ilegalidades... Só lendo direto no site!
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