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Educação: uma questão de valorização social
(Estude Sempre)

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    O grave problema da educação brasileira e que repercute em baixos salários, má gestão, falta de compromisso de determinados governos, professores e funcionários, falta de interesse de alunos e dos próprios familiares, corrupção,..., é que a educação não é ainda um valor social, infelizmente. 
    Se observarmos a maneira de ser das pessoas em geral no próprio dia a dia, veremos que estas comportam-se diferentemente no que diz respeito à certos hábitos, quando comparados à valorização da educação de seus filhos ou de problemas do Brasil nesta área. 
    Façamos algumas comparações com outra atividades humanas e constataremos: ser jogador de futebol é um valor social, pois oferece ótimos salários, assédio dos torcedores e presença na mídia, por exemplo. Ser torcedor de um clube de futebol é um valor social, vestir a camisa do time de coração, ir aos estádios e por vezes pertencer à uma torcida organizada, desperta o interesse de diversos jovens. Ser político é também um valor social, pois os salários são bem interessantes, a jornada de trabalho é reduzida, verba específica para gastos pessoais e gozam de espaço na mídia que inflama em geral a vaidade dos mesmos.  Trocar de carro a cada um ou dois anos é do mesmo modo um valor social, demonstra ou aparenta boa condição financeira e status. Estar com o corpo “sarado” para o verão é um valor social, a pessoa pode mostrar o corpo com mais tranqüilidade, alimentando o próprio ego. Ser simpático a uma escola de samba é um valor social,  pode participar dos ensaios da agremiação, desfilar no carnaval, usar belas fantasias e assim vai. 
    E a educação: é um valor social ?!  Não é para boa parte de nossa sociedade e com as conseqüências a seguir: comparativamente à outras profissões de igual formação o salário dos professores é bem mais baixo, as condições de trabalho em geral são precárias, com carência de material e instalações adequadas. Há igualmente um entendimento por parte de muitos, que o professor é um messiânico e não um profissional como outros tantos. É difícil encontrar espaço para a devida reciclagem profissional pelo fato da extensa jornada de trabalho. Muitos alunos não se importam se estão tirando notas baixas e mesmo repetindo de ano. Outros tantos responsáveis acreditam que o nível da educação oferecida é de boa qualidade, somente pelo fato do aluno ter aulas diárias, merenda escolar e algum benefício dos governos por manter o filho matriculado. E por seguidos anos o Brasil vem ocupando as últimas colocações em avaliações conduzidas por organismos internacionais, apesar de ser a 8ª economia do mundo.
    O que é extremamente preocupante  é que mesmo diante deste grave quadro educacional, que não é recente, não observamos a devida indignação e mobilização por parte de governos, pais, alunos e sociedade em geral.  Provando assim que a educação não é ainda um valor social ou tem um valor bem menor se comparado com os exemplos anteriores.
    Caberia às grandes lideranças do professorado, do mesmo modo políticas e empresariais, encabeçarem uma cruzada que, no tempo mais curto possível, conscientizasse os indivíduos do valor que tem um país com elevados níveis educacionais.
    Além da valorização do magistério e das condições de trabalho, este processo de valorização também poderia questionar a prática escolar: A escola deveria ser mais conteudista ou focada no estímulo à reflexão, criatividade, espírito de solidariedade,.., dos alunos ? Não seria mais interessante trabalhar conteúdos e aspectos formativos no ambiente escolar de maneira equilibrada ? A escola permaneceria mais comportamentalista ou procuraria descobrir as potencialidades e limitações de cada aluno; enfim não é isto o que realmente importa?! Haveria ou não algum espaço para os alunos participarem da elaboração do currículo escolar ou isto deveria continuar restrito aos professores, direções ou órgãos governamentais? Por que majoritariamente o ensino técnico é destinado aos jovens de renda mais baixa e o terceiro grau (ensino superior) é destinado aos jovens de renda mais alta ? 
    É possível que com o levantamento destas e de outras questões de relevância a respeito da educação brasileira, na busca da melhoria da mesma, esta gradativamente passe a ter o valor social que merece, inclusive com alunos mais motivados e entendendo a educação como algo realmente importante e de valor para as próprias vidas. 

 



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