Conversa de Escritores
(José Rodrigo dos Santos)
"Queria fazer uma coisa que nunca ninguém tinha feito em Portugal". É com esta frase forte que José Rodrigues dos Santos apela aos seus leitores.Para o escritor e jornalista da estação pública portuguesa, são principalmente dois factores que o fizeram escolher os escritores a entrevistar: a notoriedade dos convidados, que define como "grandes autores da literatura universal", e o registo destas "conversas", que se afastarão das entrevistas tradicionais. De facto, o nome dos autores escolhidos é genial. Podemos começar com Ian McEwan, ilustre convidado das primeiras páginas, que se revela um homem de família simples e dedicado. Enquanto Miguel Sousa Tavares se deixa criticar por um amigo profissional, o "Zé". É um dos dois autores portugueses presente nestas páginas, juntamente com o falecido Nobel da Literatura José Saramago, que revela, ele também os seus defeitos como produtor entusiasta de obras de arte.
Encontramos também Günter Grass, cuja a entrevista foi arranhada de alemão, Sveva Casati Mondigani, que elogiou o encanto do jornalista, Paulo Coelho, que sabe mais de cantigas portuguesas do que o autor de best-sellers nacional, Luís Sepúlveda, que apesar de 1,80m, carrancudo e taciturno revelou o seu lado intransigente e directo, ou a tagarela Isabel Allende, no seu lado organizado e realista, entre outros. De acordo com o entrevistador, estas conversas nunca serão iguais mas vão incidir sobre uma série de temas comuns, como o universo literário dos autores, a forma como vêm a literatura e o modo como encaram a vida. Há porém uma pergunta que se vai repetir em várias entrevistas, garante Rodrigues dos Santos: "O que é para si um bom romance?". As respostas não poderiam ser mais diferentes.
É uma forma perfeita de conhecer os seus autores favoritos em discurso directo.
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