O poder da meditação
(Luzia Aparecida Falcão Costa)
A importância do exercício da meditação sempre foi muito enfatizada nos países orientais e, mais recentemente, vem sendo incentivada pelas pessoas residentes no mundo ocidental. Trata-se, na verdade, de um recurso terapêutico que tem como objetivo principal atacar a poluição mental (já que os indivíduos vêm apresentando uma tendência crescente de acumular pensamentos inúteis ou desnecessários), favorecendo e ressaltando a concentração e, dessa forma, auxiliando-os a lidar com sentimentos degenerativos como a ansiedade, depressão, controle da dor, artrite reumatóide e até mesmo câncer, especialmente o de mama (diminuição dos efeitos colaterais da quimioterapia). Importante ressaltar que, por não requisitar a utilização de qualquer composição medicamentosa, é uma prática que é acessível a qualquer pessoa, independente de sexo e idade. Grosso modo, pode-se afirmar que está diretamente relacionada com o bem-estar das pessoas, pois influi diretamente na capacidade de manter o equilíbrio e a tranqüilidade, impedindo que sejam assoladas pelo estresse, tão comum atualmente, em especial naquelas que vivem e trabalham em grandes conglomerados urbanos. É baseada em técnicas e exercícios respiratórios para que se atinja a consciência corporal, imprescindível para que o indivíduo possa se focar nas percepções do momento presente, estimulando a formação da habilidade para cultivar emoções positivas. Vale registrar que, no Brasil, determinadas escolas estaduais de ensino médio do Rio de Janeiro vêm realizando experiências interessantes com a prática da meditação, tendo como objetivo primordial a redução da violência nos colégios e que também hospitais renomados como é o caso do Albert Einstein, em São Paulo, vêm optando em utilizar tal prática tanto como tratamento complementar, tanto para pacientes ali internados e em fase de recuperação quanto visando seus próprios funcionários da ala de oncologia, com o intuito de diminuir a ansiedade e aumentar a disposição para auxiliar os doentes que padecem dessa terrível doença. Por outro lado, também já foi constatado que os indivíduos que optaram pelo exercício da meditação obtiveram como resultado o favorecimento do raciocínio, e assim, passaram a aprender como melhor lidar com sentimentos, além de se tornarem mais capazes de refinar suas memórias (retenção de imagens complexas). É interessante que, em contraponto, a meditação vem sendo utilizada para reduzir a hiperatividade, além de ser grande aliada no tratamento de indivíduos dependentes de drogas em geral, promovendo maior capacidade de relaxamento dos dependentes, tornando-os mais fortes para resistir à vontade de consumir drogas, promovendo o fortalecimento das defesas do organismo, já que quando há menor nível de tensão, melhor a atuação do sistema imunológico. Comprovou-se ainda que esta prática é benéfica no tratamento da insônia, de pessoas que apresentam transtornos alimentares (como a anorexia e bulimia). Há ainda estudos que vêm demonstrando que em indivíduos idosos que fazem uso de tal técnica o processo de envelhecimento é retardado, tendo em vista que se identifica uma redução dos processos inflamatórios que, como se sabe, desencadeiam a velhice precoce das células. O que a torna ainda mais recomendada é porque não se trata de nenhuma prática vinculada ao esoterismo, muito pelo contrário, vem sendo encarada como terapia auxiliar, algo que pode ser exercitado em um local qualquer, desde que seja preservado o isolamento e conseqüente concentração para que o hipocampo, tálamo e córtex frontal possam realizar, de forma eficaz, o processamento das emoções. Acredita-se ainda que seja uma grande aliada contra outra doença gravíssima, o temível mal de Alzheimer que produz uma gradativa degeneração cerebral que, se não tratada cuidadosa e precocemente, pode conduzir, especialmente os idosos, ao total alheamento de tudo e de todos que o cercam. O que se tem como certo é que através do exercício constante da meditação o indivíduo pode chegar a ter controle sobre as tensões que, invariavelmente, apresentam-se em sua vida e, que, gradativamente, aprende a controlá-las, podendo-se afirmar que tais mudanças trazem como conseqüência, liberação de importantes elementos que fazem parte da complexa química cerebral e, assim, um processo de retrocesso das implicações danosas para a saúde física e mental.
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