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O DIA EM QUE ELLIOT DEIXOU DE SENTIR
(Roelf Cruz Rizzolo)

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A afirmativa de que o cérebro toma decisões é polêmica, pois, se assim o for, onde está o nosso livre-arbítrio?
  Temos o caso de Phineas Gage, ferroviário dos Estados Unidos que, em 1848, teve o seu crânio atravessado por uma barra metálica de um metro e meio de comprimento e conseguiu sobreviver. Conforme relatos posteriores ao acidente, Phineas era uma pessoa normal, mas sua capacidade de tomar decisões corretas tinha sido destruída; porém, não se poderia ter certeza quanto do cérebro o acidente tinha destruído.
  Há, entretanto, outro caso: trata-se de Elliot, um jovem de trinta e poucos anos, bem sucedido profissionalmente e inteligente. Na sua lua de mel, começou a sentir fortes dores de cabeça. Ao ser consultado, foi confirmada a existência de um tumor benigno, o meningeoma, que se forma nas membranas que envolvem o cérebro.
  O crescimento do tumor, comprimia a parte do cérebro localizada sobre as órbitas. A mesma região que tinha sido destruída pela barra de ferro em Phineas Gage.
  Caso não fosse submetido à cirurgia, a compressão do cérebro provocaria a morte.
  Apesar de a cirurgia ter sido bem sucedida, parte do córtex cerebral próximo ao tumor foi danificada. Os testes posteriores não revelaram nenhum problema com Elliot. Mas, a partir da cirurgia, sua vida se transformou num caos. Não conseguia tomar decisões com a mesma natural agilidade. Até mesmo para escolher entre uma caneta azul ou vermelha, demandava horas, nas quais, as possibilidades de usar esta ou aquela eram analisadas.
  A Previdência Social, entretanto, negou-se a renovar o auxílio invalidez, pois nada parecia inválido em Elliot. Nessa ocasião, o neuro-cientista Antonio Damásio, foi chamado e, ao entrevistar Elliot, notara que o mesmo não demonstrava qualquer emoção, nenhuma tristeza, nenhuma impaciência, nada...
  Para o Dr. Damásio ficou claro que a lesão cerebral tinha danificado o centro que forma o valor emocional do mundo que nos rodeia. É essa informação emocional que, ao longo de nossa vida, vai “grudando” às decisões boas e ruins que tomamos. Assim, a mente é o resultado do funcionamento cerebral, e isso parece estar dando lugar ao existo, logo penso da moderna neuro ciência.



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